O atual senador da República, Wellington Fagundes (PL), se preocupou ao ver números da influência do presidente, Jair Bolsonaro, dentro de Mato Grosso. Com mais de 62% de aprovação do atual Governo Federal no estado, existe o risco, sob a concepção de Fagundes, que no pleito que buscará a reeleição, no ano que vem, cinco a cada 10 mato-grossenses possam influenciar seus votos por causa do atual mandatário nacional.
Essa situação, que Wellington conferiu em números de pesquisa qualitativa com um renomado instituto, que recentemente contratou, fez o veterano se mexer nos bastidores na busca de encontrar um caminho para aproximá-lo de Bolsonaro, que fatalmente será o presidente a “vencer” as eleições em Mato Grosso. A primeira tentativa mais direta foi com o colega de parlamento, Jayme Campos (DEM), que acabou não tendo sucesso.
Fagundes agora costura por outras frentes nacionais, envolvendo ministros e parlamentares próximos ao presidente, para, “seja por bem, alguma troca ou até ameaças veladas”, arrastar o presidente para seu lado, embora seu histórico recente, de sempre ter entrado em disputas majoritárias apoiado pelo PT e partidos de extrema esquerda, atrapalhe a manobra.
Articulação local
Em paralelo, Wellington tem se mexido bem nos bastidores e avança, ainda com algum caminho a percorrer, para ser o candidato a senador do grupo do governador, Mauro Mendes (DEM), em 2022, reforçando seu projeto de reeleição. Para tanto, hipnotizou Eraí Maggi ao convidá-lo para seu suplente, o que fez Neri Geller, deputado federal e que vinha como “favorito” do Grupo ao Senado, perder força.
Político com o maior número de mandatos como deputado federal na história de Mato Grosso, por seis eleições seguidas, Fagundes não quer nem pensar na hipótese de ter que retornar ao seu antigo parlamento e, para tanto, foca em vencer as eleições nos bastidores, enfraquecendo adversários até o ponto de sair praticamente “sozinho” nas urnas.
A estratégica é porque Fagundes tem a exata leitura dos bons redutos eleitorais que possui, resultado de anos de serviços prestados, mas também tem consciência exata dos seus desgastes acumulados, que certamente lhe colocaria em posição de desvantagem em eventual debate direto com um candidato adversário que conseguisse fazer discursos que ele não tem condições de executar.