O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Mendes, se mostrou contra o projeto que prevê a instalação de câmeras nas fardas dos PMs. Para ele, se for para produzir provas, que sejam instaladas câmeras em todas as instituições públicas.
A medida é de autoria do deputado Wilson Santos (PSD) e segue exemplo do que já é feito em estados como São Paulo, Rondônia e Santa Catarina. O objetivo seria registrar as ocorrências em áudio e vídeo, além de inibir práticas criminosas.
O projeto já passou por dois substitutivos integrais apresentado por parlamentares contrários às câmeras. No momento, está em análise na Comissão de Segurança Pública e Comunitária.
Para o coronel, antes de um investimento como, esse os militares tem demandas e necessidades mais urgentes.
“A primeira pergunta que faço é para que você quer colocar uma câmera em um policial? “, questionou ao ser perguntado pela imprensa sobre o assunto.
“Antes de colocar uma câmera, preciso de colete, de armamento, preciso de fardamento, de capacete balístico, de escudo, de viaturas. Temos que analisar qual a real natureza de se colocar uma câmera em um policial”, acrescentou.
O coronel disse que se a medida visa "gerar provas", que se aplique a todos os agentes de instituições públicas do Estado, sem exceção. “Vamos colocar, então, câmeras em todas as instituições”.
Sem resultado
Para o comandante, o aparelho instalado nas fardas não resultaria na diminuição de violência durante as abordagens policiais.
Ele defendeu como solução o investimento em educação da sociedade como um todo, resultando assim em abordagem menos violentas.
"Violência a gente diminui com treinamento. A partir do momento em que temos uma sociedade educada, temos um policial militar totalmente diferenciado”, completou.