O deputado estadual expôs ser contrário a realização de plebiscito para chegar a uma conclusão sobre a construção do transporte urbano intermunicipal
O vice-presidente da Comissão de Infraestrutura Urbana e de Transporte da Assembleia Legislativa, deputado estadual Delegado Claudinei (PSL), durante a 1° reunião ordinária, nesta terça-feira (25), posicionou ser contrário a realização de plebiscito para consultar a sociedade da região metropolitana (Cuiabá e Várzea Grande) sobre a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A proposta é de autoria do deputado estadual Wilson Santos (PSDB), por meio do projeto de lei de n.º 10/2020, que foi rejeitada pelos outros membros integrantes.
Durante o encontro, Claudinei propôs realizar uma reunião mais abrangente com todas as partes políticas interessadas para debater sobre o assunto e, assim, em conjunto chegarem a uma definição quanto a viabilidade de implantar tanto o VLT como o Ônibus de Transporte Rápido (BRT, em inglês: Bus Rapid Transit) que é um sistema de transporte público movido a eletricidade e menos poluente.
Ele também sugeriu que a Assembleia encabeçasse este encontro para proporcionar uma discussão mais ampliada, mesmo que a Casa de Leis tenha aprovado em segunda votação, em janeiro deste ano, o projeto de lei encaminhado pelo governo estadual para a troca do VLT para BRT que favoreceu o último modal. “Até agora, não tenho visto uma reunião, tirando essas picuinhas e birras políticas, quem só tem a perder é a sociedade. Temos que ser objetivos e práticos fazer uma reunião definitiva neste sentido. Para mim, voto contrário ao plebiscito, porque não vai resolver nada”, diz o vice-presidente da Comissão.
“É uma obra que já está arrastado há mais de anos. Então, seria a hora da gente deixar de lado as mágoas e iras políticas, fazer uma reunião mais ampliada com os deputados da Assembleia Legislativa, os parlamentares federais, os prefeitos e vereadores de Cuiabá e Várzea Grande, Sinfra (Secretaria de Infraestrutura de Mato Grosso) e governo estadual”, posiciona Claudinei.
No final dos trabalhos, ficou definido a abertura das discussões com as partes políticas interessadas. A reunião da Comissão teve a participação também dos parlamentares, o presidente Valmir Moretto (Republicanos), os membros titulares Xuxu Dal Molin e Sebastião Rezende, ambos do PSC, e o deputado estadual Gilberto Cattani (PSL).
Plebiscito – O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), defende a consulta pública sobre a manutenção de modal do transporte urbano intermunicipal, sendo que a Câmara Municipal aprovou essa sugestão, no dia 25 de maio, por grande maioria dos vereadores. Ele considera o VLT mais viável para a região metropolitana.
Já o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), avalia a importância de de trocar o modal para o BRT. Tanto que sancionou a Lei 11.285/2021 que foi aprovada pela Assembleia Legislativa que autoriza o governo estadual a assinar termo aditivo junto à Caixa Econômica Federal, para substituir o modal de transporte entre Cuiabá e Várzea Grande.
Obras – Desde 2014, o VLT fazia parte do pacote de obras da Copa do Mundo devido os jogos ocorrerem em Cuiabá e, infelizmente, ficaram inacabadas e teve investimento de mais de R$ 1 bilhão. Neste período, o governo estadual estava sob comando do ex-governador Silval Barbosa.