Os deslizamentos e alagamentos causados pelas fortes chuvas em Petrópolis (RJ), desde a tarde de terça-feira (15), provocaram inúmeros estragos e vítimas na região. A jornalista Eveline Baptistella, de Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, contou a sua preocupação que ela e a família estão tendo com a busca pela prima dela que está soterrada há quatro dias.
Segundo Eveline, Leila Campos, de 67 anos, estava em casa no momento do deslizamento e o local ficou destruído. Em contato com a família, a jornalista soube que equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros da região estão ajudando nas buscas por Leila.
“Ontem eles fizeram buscas no local. Chegaram a ouvir barulhos e encontraram um gato e outros animais de estimação dela, mas pararam as buscas de tarde de ontem porque começou a chover de novo”, diz.
Durante a tarde de quinta-feira (17), outra chuva forte atingiu Petrópolis, o que acabou provocando dois deslizamentos em outros pontos da cidade. A chuva durou a noite toda e as buscas por Leila foram retomadas nesta sexta-feira (18), mas ela ainda não foi encontrada.
Ao todo, 218 pessoas estão desaparecidas no município.
Desde o início da tragédia, mais de 849 pessoas estão desabrigadas, recebendo o apoio da prefeitura, que fica na região metropolitana do Rio de Janeiro, o que também aumenta a preocupação de Eveline quanto aos pais.
“O local onde meus pais moram não foi atingido, aconteceu em volta. Eles estão em casa abrigando amigos que estão precisando. A gente fica na expectativa, mas não tem um lugar seguro. Conheço pessoas que estão deixando a cidade”, conta Eveline.
Até a tarde desta sexta-feira, o número de mortos chegou a 136, segundo a Polícia Civil. O Instituto Médico-Legal (IML) informou que, entre as vítimas, há 80 mulheres e 45 homens, sendo 22 menores de idade. Ao todo, 84 corpos foram identificados, e outros 59, liberados.