A esperança se renova a cada amanhecer nas enfermarias e corredores onde mães, com o olhar firme e o coração apertado, aguardam por um gesto capaz de salvar a vida de seus filhos: a doação de um coração.
Em meio à espera, as histórias se entrelaçam. São mães que, entre lágrimas e preces, carregam o peso da incerteza, mas não abrem mão de sonhar com o dia em que o coração do filho continuará batendo — ainda que no peito de outra criança.
“Doar é permitir que outra família volte a sorrir. É fazer uma criança sair daqui e voltar a brincar, a viver”, relata emocionada uma das mães que acompanha o filho internado à espera de um transplante.
O caminho da espera não é fácil. As noites, muitas vezes, são de desespero e angústia. “Às vezes, deito sem esperança, choro… mas no outro dia, respiro fundo, peço a Deus fé e esperança, e assim sigo mais um dia”, conta outra mãe, que há meses acompanha a luta do filho.
Apesar das dificuldades, a fé permanece inabalável. “A gratidão será eterna no dia do ‘sim’. Quando a família doadora disser ‘sim’, saberemos que a vida recomeça ali, que o coração do meu filho vai continuar batendo”, diz com os olhos marejados.
Enquanto isso, cada pequeno sinal de vida é celebrado. “Só de ver o coraçãozinho batendo, a perninha mexendo, já nos enche de inspiração para seguir”, relata.
A luta dessas famílias é um lembrete da importância da doação de órgãos. Um gesto que pode transformar dor em esperança e fazer o impossível acontecer: dar uma nova chance à vida.
Doar é um ato de amor. Diga sim à vida.
