O prefeito Zé Carlos do Pátio (PSB), aos poucos, vai recuperando terreno na Câmara Municipal. Na sessão de ontem, por exemplo, os vereadores aprovaram projeto do Executivo que pedia autorização para contratar 27 servidores para a Assistência Social.
É a primeira vitória do Paço Municipal após o fechamento da janela partidária, ocorrida no dia 5 de abril, onde Pátio viu ‘evaporar’ a sua base de sustentação no Legislativo.
O projeto aprovado ontem, com 15 votos favoráveis e apenas um contrário, do vereador Subtenente Guinancio (PSDB), autoriza o prefeito a fazer a contratação temporária de 27 servidores para o Programa de Fortalecimento Emergencial do Atendimento do Cadastro Único no Sistema Único da Assistência Social (PROCAD – SUAS). Cinco vereadores estavam ausentes e não votaram.
Os novos servidores que devem ser contratados, por meio de um seletivo, são 18 cadastradores com curso superior, não sendo necessariamente assistentes sociais, como havia informado anteriormente o líder do prefeito, o vereador Reginaldo Santos (PSB).
Além dos cadastradores, devem ser contratados também nove motoristas. Pelo serviço de 40 horas semanais, os salários são de R$ 2.298,77, no caso dos cadastradores, e R$ 2.200, dos motoristas.
Considerada polêmica, já que se trata de contratação em véspera de período eleitoral, a aprovação da proposta foi encarada como uma verdadeira prova de fogo para o Executivo que, na semana passada, já havia conseguido aprovar vários créditos especiais, que necessitam de pelo menos 11 votos favoráveis, para a saúde e termos de fomentos que estavam “encalhados” por lá há quase um mês.
Para conseguir a aprovação, foi feita uma intensa articulação do chefe do Executivo e do seu líder na Casa de Leis, vereador Reginaldo Santos (PSB), nos últimos dias, para se ampliar os votos e chegar aos 14.
“Os colegas vereadores entenderam que o município necessita de um reforço para buscar as pessoas de baixa renda que não estão hoje no radar do poder público e poderão ser atendidas pelos programas sociais disponíveis”, comemorou Santos, acrescentando que o projeto faz parte de um convênio do município com o Governo Federal.
Como havia antecipado ao A TRIBUNA, Guinancio se posicionou contrário ao projeto. “Fiz a minha parte. Votei contrário, pois trata-se de um projeto claramente eleitoreiro e ilegal”, apontou.
Retirou
Apesar dos “fortes sinais” de que o prefeito recuperou terreno no legislativo municipal, ficou claro também que o Executivo não conta ainda com a segurança de ter maioria absoluta na Casa para garantir votação de projetos que necessitam de pelo menos 14 votos.
Prova disso, é que Reginaldo retirou de pauta vários projetos, entre eles, os seis polêmicos que preveem a reestruturação e criação de novos cargos na estrutura organizacional de diversas secretarias municipais. Esta foi a sexta vez em que os projetos acabaram sendo retirados de pauta.
Como votaram os vereadores:
Favoráveis: Batista da Coder (PSB), Beto do Amendoim (PSB), Cláudio da Farmácia (PSB), Kaza Grande (PSB), Marildes Ferreira (PSB), Reginaldo Santos (PSB), Roni Magnani (PSB), Adilson do Naboreiro (MDB), Adonias Fernandes (MDB), Dico (MDB), Jonas Rodrigues (MDB), Cido Silva (UB), Ozeas Reis (UB), Roni Cardoso (UB) e Júnior Mendonça (PT).
Contra: Subtenente Guinancio (PSDB).
Não votaram: Dr. José Felipe Horta(PL), Kalynka Meirelles (PL), Paulo Schuh (PL), Marisvaldo Gonçalves (UB) e Investigador Gerson (MDB).