O ex-prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz (MDB), desempenhou um papel destacado no encontro dos Progressistas, um grupo composto por 11 partidos alinhados à esquerda, realizado na propriedade de Carlos Augustin, o Teti, assessor especial do Ministério da Agricultura e pré-candidato a prefeito pelo PT. No evento, Percival fez críticas contundentes às pré-candidaturas apresentadas pelo grupo.
Em relação a Teti, Percival argumentou que o assessor especial do Ministério da Agricultura deveria permanecer em Brasília, onde ocupa um posto de destaque, ao invés de disputar a prefeitura de Rondonópolis. “Ele tem que ficar em Brasília”, afirmou o ex-prefeito.
Aylon Arruda (PSD), outro pré-candidato do grupo, também foi alvo das críticas de Percival. Ele questionou a visibilidade do vice-prefeito, afirmando que Aylon não seria suficientemente conhecido pela população.
Sobre Paulo José Correia (PSB), apontado como o pré-candidato mais provável e apoiado pelo prefeito Zé Carlos do Pátio, Percival reconheceu suas habilidades técnicas, mas questionou sua densidade eleitoral. Ele destacou que a transferência de votos por parte do prefeito seria um desafio, citando a dificuldade nas eleições anteriores em transferir votos para a esposa de Pátio, Neuma de Moraes, que concorreu a deputada federal.
Percival enfatizou a necessidade de união e coesão dentro do grupo, considerando a disputa em Rondonópolis como complexa. Ele ressaltou a importância de construir um projeto vitorioso, declarando: “É hora de ter humildade, conversar e construir um projeto que seja vitorioso e não podermos marcar posição, nós temos que ganhar as eleições”.
Além dos nomes já apresentados pelas forças progressistas, as palavras de Percival indicam a possibilidade de outras alternativas, incluindo seu próprio nome, o da esposa Ana Carla Borges Leal Muniz ou até mesmo o presidente da Câmara de Vereadores, Junior Mendonça.
Atualmente filiado ao MDB, que tem como pré-candidato o deputado estadual Thiago Silva, Percival sinalizou a possibilidade de aderir ao projeto das forças progressistas, o que implicaria deixar o MDB e possivelmente se filiar ao PV. O cenário político em Rondonópolis ganha complexidade com essas considerações, e o grupo terá desafios importantes para consolidar uma candidatura única.