O soldado da Polícia Militar Raylton Duarte Mourão, de 33 anos, se apresentou no domingo (21) e, no dia seguinte, foi levado ao Fórum de Cuiabá para audiência de custódia. Chorando, ele admitiu ter sido o responsável pelos disparos que tiraram a vida da personal trainer Rozeli da Costa Souza Nunes, de 43 anos, assassinada no último dia 11 de setembro, no bairro Cohab Canelas.
Segundo a defesa, Raylton estaria arrependido. O advogado Marciano Xavier afirmou que o cliente “já prestou todos os esclarecimentos à polícia e confessou o crime”, mas não revelou informações sobre a arma usada nem sobre a motivação, pontos que seguem sob investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A Justiça havia decretado a prisão temporária de Mourão e de sua esposa, Aline Valandro Kounz, por 30 dias, depois de a Polícia Civil não conseguir cumprir mandados de busca e apreensão contra o casal. Enquanto o policial se entregou, Aline permanece foragida. O advogado nega que ela tenha participado do homicídio e justificou a fuga como uma reação de desespero.
Ainda conforme as investigações, após o crime o soldado teria jogado a arma e a motocicleta utilizadas na execução no rio Cuiabá antes de fugir para o Pará. Agora, caberá ao juiz decidir se a prisão temporária do militar será prorrogada ou convertida em preventiva.
