O Cuiabá Esporte Clube é destaque nacional quando o assunto é gestão financeira. De acordo com levantamento do GE, o Dourado registrou em 2024 o segundo maior superávit do futebol brasileiro, alcançando R$ 64,7 milhões de saldo positivo. O clube mato-grossense ficou atrás apenas do Palmeiras, que lidera o ranking com impressionantes R$ 198,1 milhões.
Mesmo com um faturamento mais modesto, o Cuiabá apresentou números consistentes. A receita anual foi de R$ 218,8 milhões, valor que o coloca na 17ª posição entre os clubes brasileiros. Já a dívida total, de R$ 36,7 milhões, é considerada baixa no cenário nacional — especialmente diante de equipes que acumulam passivos superiores a R$ 100 milhões.
Outro ponto que reforça a saúde financeira é que o clube tem cerca de R$ 40 milhões a receber de negociações passadas com Corinthians, Santos, Grêmio e Atlético-MG, referentes a vendas de jogadores.
Desafios à vista
Apesar do desempenho exemplar nas contas, o Cuiabá encara um 2025 desafiador. A queda para a Série B do Campeonato Brasileiro deve reduzir drasticamente a arrecadação com direitos de televisão e programas de sócio-torcedor, que já registram queda superior a 90%.
No mercado, o Dourado contratou 21 reforços para a temporada, a maioria sem custos de transferência ou por empréstimo. Até agora, o clube não realizou vendas de atletas, embora haja sondagens por jogadores do elenco.
Outro obstáculo é a ausência de um patrocínio master, que já dura mais de sete meses. Na Série B, apenas o Cuiabá e o Amazonas estão sem um patrocinador principal estampado na camisa, o que reforça a necessidade de novas receitas.
Mesmo diante desses desafios, o Cuiabá prova que uma gestão equilibrada é capaz de garantir resultados expressivos fora das quatro linhas, servindo de exemplo para clubes de maior torcida e orçamento no futebol brasileiro.
