Notas Falsas circulam na cidade, Operação da PF acende alerta a comerciantes de Rondonópolis

A Operação ‘Posted Money’, da Polícia Federal, acendeu um alerta ao comércio de Rondonópolis. A reboque de outros municípios, por aqui uma jovem de 25 anos acabou presa ao receber pelos Correios uma remessa de notas de dinheiro falsificadas. O montante era de R$ 2 mil. A encomenda estava sendo monitorada pelo órgão e pela transportadora. Ela negou a participação na compra do dinheiro falso, mas o caso segue em investigação.

Foi a partir desta apreensão que a PF deu continuidade nas ações. Em Sapezal, mais de R$ 7,5 mil falsificados foram apreendidos em três encomendas postadas via Correios. Foram cumpridos 3 mandados de busca e apreensão contra os investigados. Os valores vinham de laboratórios localizados em outros Estados brasileiros.

Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 7ª Vara Federal do estado e os investigados podem pegar até 15 anos de prisão pelos crimes de moeda falsa e associação criminosa. Importante lembrar que, além das encomendas interceptadas pela PF, é difícil mensurar quantas podem ter passado pela barreira policial e entrado em circulação.

À reportagem, o gerente executivo da Câmara de Dirigentes Lojistas de Rondonópolis, Giancarlo Rocha, lembrou algumas dicas que podem auxiliar comerciantes e consumidores, a identificação de notas falsificadas. Segundo afirma, nos últimos anos, tem sido maiores os casos policiais envolvendo tentativas de golpes via fraude documental e de dinheiro. “Temos conversado bastante com membros até mesmo da polícia, além, claro, dos comerciantes locais. O que acreditamos é numa crescente das tentativas de golpes, especialmente desde 2012. Com o avanço da tecnologia, criminosos especializados têm sofisticado ainda mais as falsificações”, diz. “Como entidade parceira, propusemos um curso ou, quem sabe, uma palestra em nossa entidade, junto as equipes policiais, para que pudessem dar dicas práticas na identificação dos crimes no dia a dia do comércio. Está nos nossos planos organizar algum tipo de evento focado neste tema”, adianta.

O gerente lista algumas dicas úteis:

. Olhar a famosa marca d’água. Ao comerciante, quando receber a cédula, especialmente me valores mais altos, colocar a nota sob a luz e observar a marca é o primeiro passo.

. A maioria das notas falsas não possuem o fio de segurança, aquele fio laminado. Alguns criminosos até conseguem simular, mas o da nota original é muito mais sofisticado e cheio de detalhes. Por exemplo, é possível ler os dizeres “reais” bem discreto, mas perceptível na faixa de segurança. Ela está presente nas notas a partir de 10 reais.

. Também existe o “quebra-cabeça” nas notas brasileiras. O desenho que está no verso da nota completa o desenho que está na frente. Completa o número de cédula.

. Também há tecnologia fluorescente. Quando se coloca uma nota verdadeira sob uma luz fluorescente, ela verdadeira mostra número de série em outra cor, mostra também o valor da nova e alguns desenhos aleatórios que ficam na cor lilás. É muito difícil que uma falsificação atinja este nível.

. A recomendação para quem receber uma nota falsificada. Caso isso ocorra dentro de uma agência bancária, em um caixa eletrônico, por exemplo, é preciso acionar imediatamente algum funcionário e explicar o ocorrido. Mas caso o comerciante receba a nota falsa em seu estabelecimento e não perceber na hora, é importante que ele se dirija o quanto antes a uma delegacia e comunique o fato para que seja registrado um Boletim de Ocorrência. Afinal, é por maio da prestação de queixa que a polícia consegue dados, informações importantes para impedir a prática criminosa.



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Redação GNMT