Ciúmes levam a tortura e execução brutal em MT: Polícia desvenda crime e identifica corpo de jovem desaparecido

Gustavo Cantuário da Silva, 24 anos, foi cercado dentro de casa, torturado e morto; corpo foi encontrado em cova rasa a poucos metros da residência. Motivo do crime, segundo investigação, seria relacionamento da vítima com ex-companheira de um dos envolvidos.

A Polícia Judiciária Civil (PJC) de Mato Grosso desvendou um crime de extrema violência que chocou a cidade de Brasnorte-MT. O corpo encontrado na tarde desta terça-feira (2) foi identificado pela Polícia Científica como sendo o de Gustavo Cantuário da Silva, jovem de 24 anos desaparecido desde a noite do último dia 29 de novembro. As investigações revelaram uma trama de emboscada, tortura e execução, com motivação passional.

As buscas, que se arrastavam há dias, ganharam um rumo decisivo após o Núcleo de Inteligência da PJC receber informações sobre o possível envolvimento de um suspeito. Durante depoimento, ele confessou ter recebido um convite para participar do assassinato de Gustavo na noite do desaparecimento. O motivo, segundo ele, foi ciúmes: Gustavo estaria mantendo um relacionamento com a ex-companheira de um dos integrantes do grupo criminoso. O homem garantiu ter recusado a proposta, mas, no dia seguinte, soube que o jovem havia sumido.

A pista foi crucial. Os investigadores localizaram um segundo suspeito, que não apenas confirmou a história como detalhou a barbárie. Em seu relato à polícia, ele descreveu que o grupo armado cercou Gustavo dentro de sua própria casa. Lá, o jovem foi submetido a agressões brutais e tortura, antes de ser executado pelos comparsas.

Para tentar ocultar o crime, os assassinos cavaram uma cova rasa a aproximadamente 170 metros da residência da vítima. O corpo de Gustavo foi jogado no local e coberto com pedaços de madeira e arbustos, em um precário – e frustrado – intento de esconder as provas.

“Foi um crime de extrema crueldade, premeditado e executado de forma covarde. A motivação passional não justifica, de forma alguma, a violência desmedida aplicada contra a vítima”, afirmou o delegado responsável pelas investigações, que não teve o nome divulgado pela corporação.

A Polícia Judiciária Civil informou que as investigações seguem em ritmo acelerado para identificar e capturar os outros participantes do crime. Novas diligências estão em curso para garantir que todos os integrantes da quadrilha sejam responsabilizados. Os dois suspeitos que já prestaram depoimento foram autuados e estão à disposição da Justiça.

O caso, que trouxe à tona uma rede de violência extrema na pequena cidade, agora segue para a fase de apresentação de provas e indiciamentos, enquanto a comunidade de Brasnorte tenta assimilar a brutalidade dos fatos.

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Redação GNMT