Um velório que acontecia no último domingo (9), em Cuiabá, foi interrompido de forma abrupta por uma ação policial. Agentes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) recolheram o corpo de Francilene dos Santos Cruz, 48 anos, para a realização de exames periciais. A polícia suspeita que a morte da mulher possa ser um caso de feminicídio.
A medida drástica de interromper a despedida fúnebre foi tomada após os investigadores receberem informações cruciais: poucas horas antes de morrer, Francilene procurou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) queixando-se de fortes dores estomacais e vômitos. Seu estado de saúde era tão grave que ela foi transferida para um hospital, mas não resistiu.
As circunstâncias do óbito levantaram um alerta na DHPP. A principal hipótese investigada é de que os sintomas que levaram à morte de Francilene tenham sido intencionalmente provocados por outra pessoa. A polícia trabalha com a possibilidade de envenenamento ou ingestão de substância tóxica.
Uma linha de investigação significativa aponta para o envolvimento de um ex-companheiro da vítima. Embora os investigadores não tenham divulgado detalhes sobre as evidências que os levaram a essa suspeita, essa pista é considerada primordial para desvendar o caso.
Após a realização dos exames na Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica), o corpo de Francilene foi liberado e devolvido à família, que pode, então, dar sequência aos procedimentos fúnebres.
O caso segue sob sigilo e em fase de apuração pela DHPP, que busca esclarecer se a morte de Francilene foi, de fato, um feminicídio.