Peão atacado por onça-pintada no Pantanal recebe alta após 11 dias internado

Flávio Ricardo, de 28 anos, sobreviveu ao ataque e deixa o hospital levando as presas do animal como lembrança do susto


Após 11 dias internado na Santa Casa de Campo Grande, o peão Flávio Ricardo do Espírito Santo, de 28 anos, atacado por uma onça-pintada no Pantanal, recebeu alta hospitalar nesta quarta-feira (15). A informação foi confirmada pela família.


O ataque ocorreu em 4 de outubro, quando Flávio retornava para a Fazenda Milagres, acompanhado de outro peão. Eles perceberam urubus sobrevoando uma moita e se aproximaram para verificar se o animal morto era um cavalo ou uma vaca da fazenda. Ao chegarem ao local, foram surpreendidos pela onça-pintada, que saltou sobre Flávio e o agarrou pela perna.


“Ela é muito rápida; não dava tempo de reagir”, contou o peão, lembrando os momentos de pânico.


Durante a luta, o animal cravou as presas na perna do trabalhador, que tentou se defender enquanto o colega gritava e os cachorros latiam. A onça acabou recuando e fugindo. Mesmo ferido, Flávio conseguiu montar no cavalo e retornar à fazenda.



Resgate e socorro no meio do Pantanal


A esposa da vítima realizou os primeiros socorros, enquanto o Corpo de Bombeiros era acionado. O ataque aconteceu a cerca de 45 quilômetros da Base Avançada de Lourdes, onde militares atuam no combate a incêndios florestais.


Os bombeiros prestaram os primeiros atendimentos no local. Flávio apresentava cortes profundos na cabeça e na perna esquerda, mas estava consciente e com sinais vitais estáveis.


O Exército Brasileiro auxiliou no transporte aéreo do peão até Campo Grande, com apoio médico e de um enfermeiro do Corpo de Bombeiros. Ele chegou à Capital por volta da meia-noite, entre sábado (4) e domingo (5).


Símbolo de sobrevivência


Em recuperação, Flávio deixa o hospital com um misto de alívio e superação. Segundo familiares, ele guarda como lembrança as presas da onça, símbolo da luta pela própria vida em um dos episódios mais marcantes já registrados no Pantanal neste ano.

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Redação GNMT