Eleições em VG, Cuiabá e Rondonópolis já têm R$ 32 milhões de verba pública

Os três principais colégios eleitorais de Mato Grosso – Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis – foram alvo de robustos repasses partidários nas últimas semanas, tendo como fonte o chamado fundo eleitoral. Ao todo, já chegaram nas contas de campanhas dos candidatos a prefeito das três cidades um total de R$ 32.326167,70 de verba pública para o custeio da corrida pelos votos e não é descartado que novas remessas de valores sejam depositadas. Só a título de comparação, o custo para construção de uma unidade de saúde completa, o antigo PSF, gira em torno de R$ 2.000.000,00.


Quem mais recebeu, até o momento, foi o candidato do União Brasil – UB em Cuiabá, Eduardo Botelho, que segundo várias pesquisas de intenção de voto lidera a preferência dos eleitores da capital. Botelho viu cair na conta de campanha, vindo diretamente da Direção Nacional do União Brasil, um total de R$ 11.736.000,00. Depois dele, quem mais tem bala na agulha para tocar o projeto eleitoral é Abílio Brunini (PL), também de Cuiabá, que recebeu R$ 6.745.000,00 da direção nacional do seu partido. Agregou-se na conta da campanha do liberal mais R$ 20.400,00 da estadual e outros R$ 130.111,83 repassados pela direção municipal de sua sigla.


Outro que também não tem do que reclamar é Lúdio Cabral, o médico petista que tenta surpreender e evitar o provável embate direto entre Botelho e Abílio no segundo turno. Lúdio está tocando a campanha amparado por R$ 2.400.000,00 vindos da direção nacional do PSD, partido da sua vice, Rafaela Fávaro, filha do atual ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD). Do próprio PT, apesar da postura do candidato de tentar se desvincular do desgaste do próprio partido, Cabral conseguiu a quantia de R$ 2.104.599,42 vindos do caixa da legenda de Lula (PT).


O MDB foi mais um a abrir os cofres e mandou, via Direção Nacional, um aporte considerável ao empresário Domingos Kennedy (MDB), novato na cena política nas eleições municipais de Cuiabá. Ele já tem à disposição R$ 2 milhões em sua conta de campanha para tentar conquistar o eleitorado e cavar uma vaga no segundo turno. Proporcionalmente, foi um dos candidatos que mais evoluiu nas últimas semanas no gosto popular.


Enquanto isso, em Várzea Grande, exatos R$ 1.250.000,00 foram enviados também pelo MDB para a campanha do seu candidato na cidade, Kalil Baracat, que busca a reeleição também com a parceria do União Brasil, que lhe repassou de sua conta nacional um valor ainda maior, de R$ 1.250.294,24. Sua principal adversária, a advogada Flávia Moretti (PL), também foi valorizada por sua agremiação partidária e recebeu R$ 1.500.000,00 do PL para tocar seu projeto. Na cidade ainda existe a candidatura da professora Leliane Borges, do PT, que já recebeu R$ 402.099,73 da cúpula do Partido dos Trabalhadores e ainda mais R$ 6 mil do PCdoB.

Já em Rondonópolis, a maior cidade do interior, quem mais está alicerçado em recursos financeiros de origem pública para buscar votos é Thiago Silva (MDB), que viu chegar do seu próprio partido a cifra de R$ 750.000,00, via Nacional, mais R$ 57.662,50 transferidos pelo diretório municipal. O candidato ainda garantiu outros R$ 764.000,00 vindos da direção nacional do Republicanos, partido do seu vice Luizão, totalizando R$ 1.571662,50.


Cláudio Ferreira (PL), outro nome no páreo para a sucessão do atual prefeito Zé do Pátio (PSB), em Rondonópolis, teve o ‘ok’ da Direção Nacional do Partido Liberal e dispôe na conta de campanha de R$ 1.160.000,00 vindos do fundo eleitoral. Enquanto isso, Paulo José (PSB), nome que Pátio tenta emplacar, recebeu apenas R$ 50.000,00 da direção estadual do seu partido, até o momento.


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Redação GNMT