A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Rondonópolis (distante 210 km de Cuiabá) acompanha com preocupação o nível das águas do rio Vermelho. Foi constatado no começo da tarde desta sexta-feira (1) uma situação bastante crítica com apenas 0,80 cm de lâmina d’água, considerado o nível mais baixo dos últimos anos.
A baixa preocupante de mais 20 cm ocorre em em apenas 7 dias, já que a última medição foi realizada no dia 24 passado e foi aferido apenas 1,0 metro.
Para que as medições fossem realizadas e dado o baixo nível das águas, uma equipe de topógrafos da Prefeitura foi acionada para fazer as aferições.
Vale dizer que apesar das chuvas registradas na região de Poxoréo, cabeceira do rio Vermelho na quinta-feira (30), infelizmente os reflexos não foram sentidos aqui na cidade, já que o que se verificou, foi uma redução dos níveis de água do rio.
Enquanto isso, as recomendações do Coordenador da Defesa Civil, João Garcia o 'João Mototáxi', são para que as pessoas economizem e evitem o desperdício de água, até a chegada da temporada das chuvas, esperadas para o mês de novembro, que deverão normalizar e elevar o nível das águas do rio Vermelho, considerado a principal fonte de abastecimento de água na cidade.
Debate
Especialistas afirmam que já está na hora da cidade abrir o debate sobre o projeto da construção do “Lago do Arareau”, um projeto ambiental ambicioso de criação dessa grande reserva hídrica local, que poderia se constituir no futuro, não apenas numa fonte inesgotável de oportunidades de trabalho emprego e renda através da exploração das potencialidades dos recursos turísticos, mas sobretudo, pela contribuição direta da melhoria da qualidade ambiental da cidade, que seria beneficiada diretamente com o aumento da umidade relativa e da qualidade do ar, aumentaria sobremaneira a segurança de reserva hídrica, e resguardaria o lençol freático da região, mormente o “Aquífero Guarani” considerado o maior reservatório subterrâneo de água doce do planeta, que possui cerca de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, estando presente em quatro países da América do Sul: Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina, mas que já sofre com as constantes perfurações de poços profundos, além de muitos outros benefícios.