As visitas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), movimentaram a manhã desta quarta-feira (26) na Superintendência da Polícia Federal. A decisão do ministro Alexandre de Moraes permitia que os encontros ocorressem entre 9h e 11h, com 30 minutos reservados para Michelle Bolsonaro e 30 minutos para Renan Jair Bolsonaro, vereador de Balneário Camboriú e filho mais novo do ex-presidente.
Renan chegou pouco depois das 9h15, acompanhado de um advogado. Michelle Bolsonaro apareceu cerca de dez minutos mais tarde, por volta das 9h30. A ex-primeira-dama permaneceu no local por poucos minutos e deixou o prédio sem falar com a imprensa, sem sequer descer do veículo.
Já a saída de Renan se tornou um ponto de incerteza. Nenhum movimento dele foi registrado pelos jornalistas posicionados na porta principal, levantando a hipótese de que o vereador tenha deixado o local por outra saída ou até mesmo em outro veículo.
Esta foi a segunda visita de Michelle ao marido desde que Bolsonaro passou a cumprir medida restritiva na sede da PF. Na terça-feira, os filhos Flávio e Carlos Bolsonaro também estiveram na superintendência, conversaram com a imprensa e tiveram a visita transmitida ao vivo por veículos de comunicação. Já Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos, não fez solicitação ao STF.
Flávio e Carlos pediram nova autorização de visita, que ainda está sob análise.
Outro ponto reforçado pelo STF diz respeito à alimentação do ex-presidente. Moraes autorizou refeições específicas, mas determinou que todas as marmitas e bolsas térmicas recebidas passem por fiscalização da Polícia Federal. Ontem, por exemplo, o irmão de Michelle entregou uma bolsa que precisou ser inspecionada antes de entrar.
A defesa de Bolsonaro tem até hoje para explicar a participação do deputado federal Nicolas Ferreira, que foi flagrado por um drone supostamente usando o celular durante uma visita no dia 21 de novembro. O uso de celulares — assim como o acesso às redes sociais — continua proibido pelas regras da prisão domiciliar.
A imprensa segue posicionada em frente à superintendência, monitorando a movimentação de familiares, apoiadores e possíveis novas visitas ao ex-presidente. Conforme novas informações forem confirmadas, a matéria será atualizada.