Mato Grosso voltou a se destacar como uma das principais potências econômicas do Brasil. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado registrou um crescimento de 12,9% no Produto Interno Bruto (PIB), resultado fortemente influenciado pelo agronegócio — especialmente pela produção de soja e outras commodities agrícolas.
Com esse desempenho, Mato Grosso ficou entre os quatro estados que mais cresceram no país, reafirmando sua posição como um dos maiores polos produtivos do Brasil.
O levantamento do Sistema de Contas Regionais, do IBGE, com base nos dados de 2023, mostra que o crescimento mato-grossense acompanha o movimento observado em outras regiões agrícolas do país. Ainda assim, Mato Grosso segue entre os líderes nacionais. Acre (14,7%), Mato Grosso do Sul (13,4%) e Tocantins (7,9%) também apresentaram avanços acima da média brasileira de 3,2%.
A região Centro-Oeste foi o grande destaque do ano, com crescimento de 7,6%, mais que o dobro da média nacional. O desempenho é impulsionado pelo avanço conjunto de Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul, estados que vêm expandindo áreas de produção, adotando novas tecnologias no campo, fortalecendo cadeias de exportação e atraindo novos investimentos.
Enquanto estados agrícolas se destacaram, regiões mais dependentes da indústria apresentaram desempenho mais modesto.
São Paulo — maior PIB do país — cresceu apenas 1,4%, ficando atrás de Rio Grande do Sul e Rondônia, ambos com 1,3%.
O estudo também evidencia desigualdades no peso econômico entre os estados. O Acre, por exemplo, apesar de ter liderado o crescimento, representa apenas 0,2% da economia nacional. Já São Paulo responde por 31,5%.
Mesmo assim, Mato Grosso amplia sua representatividade: entre 2002 e 2023, o Estado praticamente dobrou sua participação no PIB nacional, passando de 1,3% para 2,5%, e subiu do 15º para o 10º maior PIB do Brasil.
O desempenho de longo prazo também reforça a força de Mato Grosso. Nos últimos 20 anos, o estado registrou o maior crescimento médio anual do país (5,2%), seguido por Tocantins (4,9%) e Roraima (4,5%) — todos impulsionados pelo agronegócio.
