Em Rondonópolis-MT, a eleição para a presidência da Câmara Municipal, marcada para o dia 1º de janeiro de 2025, coloca em evidência não apenas dois candidatos – Paulo Schuh (PL) e Júnior Mendonça (PT) – mas também a necessidade de uma reflexão mais profunda sobre os valores que guiam nossos líderes.
O apóstolo Paulo, em sua segunda carta a Timóteo, descreve um período de tempos difíceis, onde os valores morais e espirituais estariam em declínio.
Em II Timóteo 3:2, lemos: "Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos," (Almeida Corrigida e Fiel – Bíblia online).
A passagem não apenas descreve comportamentos humanos que comprometem a harmonia social, mas também alerta sobre os efeitos negativos de líderes que agem movidos por interesses próprios.
Esse ensino é um convite à reflexão sobre as escolhas de liderança e os impactos na coletividade.
A disputa entre Paulo Schuh (PL), representante de uma ala conservadora e reeleito com um discurso de austeridade, e Júnior Mendonça (PT), atual Presidente e defensor de uma gestão progressista, evidencia a polarização dos últimos tempos que domina o cenário político.
Essa disputa, contudo, vai além dos nomes. Representa um teste para a democracia local e a habilidade da Câmara em escolher um líder que represente não apenas um grupo, mas toda a população.
É aqui que o ensinamento bíblico se torna relevante: um líder irrepreensível, vigilante e honesto é aquele que prioriza a verdade, é com equilíbrio e conduz com sabedoria.
Schuh propõe um modelo de liderança baseado em maior rigor legislativo, buscando marcar posição em alinhamento com princípios tradicionais.
Por outro lado, Mendonça defende a continuidade de sua gestão, que aponta como sendo pautada pelo diálogo e por resultados práticos em prol da comunidade e pela independência do Legislativo.
Ambos os discursos atraem aliados, mas deixa a pergunta no ar: quais valores, de fato, serão colocados na prática?
Quando Paulo escreve a Timóteo sobre os "homens amantes de si mesmos", ele expõe um perigo constante: o da liderança que se afasta do serviço e adota o egoísmo como bandeira.
Esse alerta ressoa com as expectativas dos cidadãos que, cada vez mais, clamam por representantes que não se deixem dominar pela vaidade, mas que atuem com humildade e compromisso.
A Presidência da Câmara Municipal de Rondonópolis não é apenas uma posição administrativa; é um símbolo de liderança e influência para toda a cidade.
O alerta de Paulo na segunda carta a Timóteo sobre líderes que colocam interesses próprios acima do bem comum ressoa intensamente nesse contexto.
Quando combinamos essa reflexão com o cenário político local, onde a figura de Cláudio Ferreira, novo prefeito, também entra no jogo, a questão da liderança se torna ainda mais urgente.
Que o dia 1º de janeiro de 2025 seja marcado pela escolha de um líder que desafia esse retrato de tempos difíceis e inspira confiança, ética e compromisso com o bem comum.
Ferreira, ao unir alianças com vereadores de diferentes espectros políticos – incluindo membros da base do atual prefeito, Zé do Pátio –, gerou uma racha na opinião pública.
Para alguns, suas ações são estratégicas e medidas para garantir a governabilidade.
Para outros, são um aceno de que as práticas da "velha política", ainda irá permanecer.
A mesma Câmara Municipal que decidirá o seu Presidente será fundamental para a governação de Ferreira.
Assim, a sua postura nesse processo eleitoral, especialmente no apoio a um aliado para a Presidência, será um teste da sua capacidade de equilibrar o pragmatismo com o idealismo.
Esse equilíbrio é vital para evitar os "tempos difíceis"descritos por Paulo, onde o egoísmo e a ganância obscurecem o verdadeiro propósito da liderança.
O ensinamento de II Timóteo 3:2 nos convida a observar atentamente os comportamentos dos líderes: são amantes de si mesmos ou verdadeiros servidores do povo?
Essa reflexão é crucial para a escolha do presidente da Câmara e para o posicionamento do novo prefeito.
Liderança não é apenas articulação política; é inspirar confiança e trabalhar pela coletividade.
No dia 1º de janeiro, a decisão tomada pelos vereadores de Rondonópolis será mais do que um ato político; será um reflexo da direção que a cidade deseja tomar.
A encruzilhada de Ferreira, assim como a disputa pela Presidência da Câmara, definirá não apenas o futuro político da cidade, mas também a confiança da população em seus representantes.
E, assim como em Timóteo 3:2, o compromisso com uma liderança honesta e qualificada deve ser o norte.
De tal modo, como Paulo exortou Timóteo, é hora de buscarmos líderes que sejam mais do que “presunçosos” e “avarentos”, mas que sejam verdadeiros exemplos de serviço e responsabilidade.
Afinal, como nos lembra o apóstolo Paulo, os verdadeiros líderes são aqueles que se colocam a serviço do próximo, e não aqueles que buscam apenas a glória e o benefício próprio.
Que a reflexão sobre o texto de II Timóteo 3:2 nos inspire a buscar, na política e em todas as esferas da vida, a prática do amor ao próximo e o compromisso com um futuro melhor para todos.
Cabe à população de Rondonópolis não apenas acompanha a eleição da Presidência da Câmara, mas também cobra ações que reflitam os princípios de uma liderança responsável.
A verdadeira mudança começa quando exigimos de nossos representantes a mesma integridade que buscamos em outros aspectos da vida.