Os três principais pré-candidatos a prefeito de Rondonópolis, que devem se consolidar como candidatos nas eleições de outubro, estão se estruturando e buscando apoios para um processo eleitoral que promete ser um dos mais acirrados da história.
Há quem diga que a disputa deve ser a mais equilibrada desde 2016. Naquela ocasião, o prefeito Zé Carlos do Pátio venceu Percival Muniz e Rogério Salles com a menor diferença percentual desde as eleições de 1982.
Pátio obteve 39.352 votos, representando 36,22% dos votos válidos, enquanto Percival ficou com 37.796 votos (34,79%) e Rogério Salles com 29.920 votos (27,54%). A diferença entre o primeiro e o segundo colocado foi de 1,43%.
Para este ano, o atual prefeito Zé Carlos do Pátio decidiu apoiar como seu pré-candidato o ex-diretor do Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear), Paulo José Correia.
Ele conta com o apoio do prefeito, que completa este ano um ciclo de oito anos de poder. Caso vença, o grupo poderá completar 12 anos no comando da prefeitura.
Pátio já havia administrado a cidade entre 2009 e 2012, quando saiu do poder, cassado injustamente pela Justiça Eleitoral.
Fora do comando da prefeitura, Pátio conseguiu reverter a decisão, candidatar-se novamente e vencer em 2016.
Paulo José, além do apoio de Pátio, conta com as chamadas forças progressistas, grupo que inclui partidos mais alinhados à esquerda, como o PC do B, PSOL, Rede, PT, PSD e o próprio PSB, dentre outros.
O ex-presidente do Sanear também aposta na boa relação que mantém com o presidente Lula para reforçar seu projeto.
Ele também conta com o apoio do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e espera pelo empresário e assessor especial do ministério da Agricultura, Carlos Augustin, o Téti.
Em um rumo totalmente oposto a Paulo José está o deputado estadual Cláudio Ferreira, o Paisagista (PL).
Ele usa o discurso da mudança e defende a ideologia de direita.
Paisagista reuniu em seu arco de alianças, além do PL, os partidos Novo, Podemos, DC e o PSDB/Cidadania.
Ele deve receber em seu palanque o ex-presidente Jair Bolsonaro e lideranças do PL local, como o senador Wellington Fagundes, o deputado federal José Medeiros e o ex-prefeito Ananias Filho, além de lideranças empresariais como Neles Farias, da Operário Material de Construção; Carlos Souza, do Baratão Ferromar e Poboré Spa; e o empresário do agronegócio Odílio Balbinotti Filho, da Atto Sementes.
Com uma posição mais ao centro está o emedebista Thiago Silva.
Ele representa um partido que assumiu o poder em Rondonópolis em 1982, com Carlos Gomes Bezerra, que depois foi governador, senador da República e deputado federal.
Thiago ainda conta com o apoio do União Brasil, PP, Republicanos e PRD.
Ele também tem o apoio de lideranças como os deputados estaduais Nininho e Sebastião Machado Rezende e Janaina Riva .
Outro nome de peso que apoia Thiago é o ex-prefeito Adilton Sachetti.
Com relação à classe empresarial, Thiago tem o apoio do ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de Rondonópolis (Acir), Luiz Homem de Carvalho, da atual presidente Marchiane Fritzen e do ex-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e diretor do supermercado Tropical, Thiago Sperança.
