Rondonópolis registra morte por leishmaniose visceral

Uma pessoa morreu com leishmaniose visceral, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. O município não informou detalhes sobre a vítima, mas, o processo entre a contaminação e a morte, foi muito rápido. Como forma de prevenir que mais gente adoeça, o departamento de saúde coletiva faz um mutirão de combate ao mosquito.

O gerente da unidade de Vigilância em Zoonoses, Vagner Santos, informou que, além do mutirão, a vigiliância atua com fiscalização para auxiliar na prevenção da doença.

"Estamos fazendo um mega mutirão nessa região, com veterinários e agentes de controle de endemias. A vigilância estará na fiscalização. Primeiramente, vamos dar uma notificação para retirar a criação de galinha e porco. Caso não tire, terá multa" explicou.

O chefe do departamento de saúde coletiva, Paulo Padim, explicou que o trabalho de prevenção já é feito em todos os bairros, mas, quando surge um caso em determinada região, o trabalho é intensificado naquela área.

"Foi algo muito rápido. No ano passado, na mesma região, também foi registrado um óbito, que era uma criança de 2 anos", informou.

Em 2022, foram registrados 44 casos da doença no município.


A doença

A leishmaniose visceral é uma doença infecciosa causada pelo protozoário Leishmania chagasi. A transmissão acontece quando fêmeas dos 'mosquitos-palha' picam cães ou outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o protozoário.

Os sintomas em humanos são febre, perda de peso substancial, inchaço do baço e do fígado e anemia. Se não for tratada adequadamente, a doença pode ser fatal em 90% dos casos, conforme especialistas da área.

Já os cães podem apresentar emagrecimento, vômitos, fraqueza, queda de pelos, crescimento das unhas e feridas no focinho, orelhas e patas.


Cuidados contra a doença

Não existe uma única forma de prevenção contra a leishmaniose. Por isso, são necessários alguns cuidados:

Eliminar possíveis criadouros do mosquito-palha, como retirar matéria orgânica do quintal e não deixar lixo acumulado;

Limpar ambientes que tenham fezes de animais;

Usar coleira repelente para cachorros;

Implantar telas nas janelas quando o bicho fica dentro de casa;

Evitar passeios noturnos com os animais. Ao anoitecer, o mosquito apresenta maior atividade.



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Redação GNMT