DESCASO

Município atrasa repasses e prejudica hospital Santa Casa Rondonópolis

 Valores chegam a R$ 5 milhões e referem-se a pagamentos de serviços prestados nos anos de 2020 e 2021


 

Há anos a Santa Casa Rondonópolis vem sofrendo o descaso dos governantes no que tange os repasses a serem feitos por conta dos serviços prestados pelo hospital aos pacientes do Sistema Único de Saúde - SUS. Entre valores em atraso, no total de R$ 4.953.116,98 (quatro milhões, novecentos e cinquenta e três mil, cento e dezesseis reais e noventa e oito centavos), R$ 3.786.559,54 (três milhões, setecentos e oitenta e seis mil, quinhentos e cinquenta e nove reais e cinquenta e quatro centavos) correspondem a recursos retidos pela prefeitura de Rondonópolis e o restante, R$ 1.888.331,04 (um milhão, oitocentos e oitenta e oito mil, trezentos e trinta e um reais e quatro centavos), ainda não foram pagos pelo Governo do Estado. Neste montante, estão os pagamentos pelos atendimentos aos pacientes com Covid-19, UTI’s, Cardiologia, dentre outros serviços, desde maio de 2020.


O atraso nos pagamentos é constante e forçou a diretoria a entrar com uma representação junto ao Ministério Público Estadual, solicitando a abertura de uma investigação para apurar o atraso indevido por parte do gestor público municipal. Isso porque, alguns recursos estaduais já estão disponíveis no Fundo Municipal de Saúde, mas até o momento não foram transferidos para a conta do hospital, que precisa receber o recurso para adquirir medicamentos e materiais para a unidade que é a maior das regiões Sul e Sudeste e está com os leitos lotados por conta da Covid-19 e outras doenças.



Toda a equipe da Santa Casa Rondonópolis tem se esforçado ao limite para superar as dificuldades, principalmente neste tempo de pandemia. Inclusive, esses atrasos frequentes obrigaram a diretoria a buscar empréstimos bancários, pagando juros e multas, já que muitas de suas obrigações, em especial trabalhistas, não podem atrasar. A falta de pagamento dos serviços em tempo e modo adequados prejudica muito a administração financeira do hospital, que se vê obrigada, mais uma vez, a recorrer a empréstimos bancários para honrar com suas obrigações.


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Redação GNMT