Família morta na 163 há mais de um mês ainda está no IML de MT

Mais de um mês se passou e os corpos da família cuiabana que morreu carbonizada em um acidente de carro na BR-163, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, ainda não foram liberados para que os parentes possam velá-los e enterrá-los. A informação foi repassada, nesta sexta-feira (10) ao site G1 pelo tio da matriarca Idalena Bocheneki de Oliveira Prado, Albino Bocheneki.


Os corpos continuam no Instituto Médico Legal (IML) e a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) informou que, para a liberação, é necessário a conclusão dos exames de DNA. A Politec ainda disse que as análises de identificação genética estão na última etapa e que as técnicas empenhadas são delicadas, o que demanda tempo.


Conforme Bocheneki, a irmã de Idalena fez coleta de sangue para exame de DNA em Cuiabá e, há mais de um mês, a família recebe do IML a resposta de que os corpos “ainda estão sendo investigados”. A família aguarda também as Certidões de Óbito e a demora, relata o tio, tem causado sofrimento.


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“A minha irmã, que é mãe de Idalena, vive em desespero. Até teve que fazer um exame do coração, um cateterismo. Ela não está bem, vive à espera para poder velar os corpos”, contou.


Acidente trágico

O acidente aconteceu no dia 6 de janeiro, quando o motorista de um Ônix que seguia sentido Rondonópolis a Mato Grosso do Sul, de maneira abrupta perdeu o controle da direção, avançando sobre o canteiro central e entrando, em alta velocidade, na pista contrária. Neste exato momento, bateu de frente com o Corrola em que estava a família retornando à Cuiabá, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).


Além da professora Idalena, morreram carbonizados o marido dela, Demárcio Bocheneki, e as duas filhas, Sara e Clara, ainda menores de idade. A família voltava de férias e estava acostumada com a estrada. O casal do outro carro também morreu no local e as razões que efetivamente levaram à colisão em uma pista duplicada ainda são um mistério.


Nota na íntegra

A Diretoria Metropolitana de Laboratório Forense da Politec informa que os exames de identificação genética estão na última etapa. Depois, serão feitas as análises estatísticas e redação dos laudos. Entretanto, caso algum perfil genético não tenha sido obtido na íntegra, é necessária a repetição da última etapa de análise.


Quanto à morosidade, ela é inerente aos exames de DNA Forense. São muitas etapas, e as amostras não são ricas em material genético. Assim, as técnicas dependem de etapas delicadas. As amostras do caso foram priorizadas e entraram em análise o mais breve possível. Este tempo faz parte da análise de DNA Forense.


As declarações de óbito são emitidas pela Gerência de Medicina Legal após a confirmação da identificação, e então, entregues aos familiares e os corpos liberados pra sepultamento.



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Redação GNMT