O Nepal viveu nesta terça-feira (9) um dos episódios mais violentos de sua história recente. Centenas de manifestantes incendiaram o Parlamento e a residência do primeiro-ministro Sharma Oli, em Katmandu, mesmo após ele anunciar a renúncia ao cargo.
As manifestações, que começaram após o bloqueio das redes sociais e denúncias de corrupção, já deixaram pelo menos 19 mortos. A polícia foi acusada de usar munição real contra os jovens que tomaram as ruas.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o prédio do Parlamento tomado por fumaça. Além de edifícios públicos, casas de líderes políticos também foram atacadas.
Apesar do toque de recolher, os manifestantes seguiram em confronto com as forças de segurança. Alguns chegaram a tomar armas de policiais que protegiam o complexo governamental de Singha Durbar.
O presidente Ramchandra Paudel pediu calma e diálogo, enquanto a ONU se declarou “consternada” com a escalada da violência.
A crise política reflete a insatisfação popular com a corrupção, o desemprego e a falta de oportunidades no país de 30 milhões de habitantes.