As eleições municipais de 2024 em Rondonópolis,redesenharam o mapa político local com impactos diretos na corrida pelas cadeiras da Assembleia Legislativa de Mato Grosso em 2026.
Com a ampliação das cadeiras na Assembleia Legislativa, o número de deputados estaduais passará de 24 para 27, aumentando as possibilidades de representação para a região.
Atualmente, Rondonópolis conta com quatro deputados estaduais, mas poderá garantir uma quinta vaga no próximo pleito, no entanto, a disputa promete ser bastante acirrada.
A derrota de Tiago Silva, que liderava as pesquisas para a prefeitura, desencadeou uma série de rearranjos políticos.
Com o revés na eleição municipal, Nininho encontra-se numa situação desafiadora. Visto que durante a pré-campanha, ele cedeu o controle do PSD ao grupo político de Zé do Pátio.
O deputado estadual Nininho (PSD), que apostava no sucesso de Silva e planejava migrar para o MDB a convite da presidente Janaína Riva, viu seus planos frustrados.
A aliança com Silva visava fortalecer sua base eleitoral e consolidá-lo como principal nome do MDB em Rondonópolis para 2026.
Agora, com a vitória de Cláudio Ferreira (PL), Nininho buscará novas alternativas partidárias, considerando o UNIÃO BRASIL, PODEMOS ou Republicanos como possíveis destinos, visto que a transferência para o MDB tornou-se menos viável.
A nova configuração do legislativo municipal de Rondonópolis será fundamental para compreender os arranjos políticos futuros.
Nesse sentido, essa nova configuração da Câmara de Vereadores pode impactar a candidatura de Nininho em 2026, visto que houve uma renovação de mais de 50%, o que causo enorme fragmentação no legislativo local.
Nininho, que já contou com o apoio de 18 dos 21 vereadores, mas, agora, a base de apoio está diluída em diferentes blocos.
O prefeito eleito, Cláudio Ferreira, lidera uma bancadasólida de sete vereadores (com 1/3 da Câmara), e já declarou apoio à candidatura de Neles Farias (NOVO) para deputado estadual em 2026. Farias, empresário do ramo da construção civil, surge como um forte concorrente, com o respaldo da base governista.
O MDB, por sua vez, conta com cinco vereadores, que provavelmente apoiarão Tiago Silva em uma tentativa de reeleição como deputado estadual em 2026. Além disso, o PSB e a Rede Sustentabilidade, com quatro cadeiras na Câmara, tendem a seguir ao lado do atual prefeito Zé do Pátio, que também sinalizou intenção de concorrer à Assembleia.
Na sequência, destacam-se os dois vereadores do PT, Júnior Mendonça e Dr. Ary Campos. Entre eles, tudo indica que Júnior Mendonça, atual presidente do legislativo, será o candidato a deputado estadual em 2026.
O estreante Renan Dourado pupilo de Roni Magnani, vereador que não concorreu à reeleição, Magnani, porém, é primeiro suplente do PSB no legislativo estadual, e deve concorrer novamente em 2026, com sua base alicerçada em Renan.
Completam o quadro os três vereadores – Dr. Manoel (UNIÃO), Anderson Bananeiro (PRD) e Marisvaldo(REP), acredita-se que o reeleito vereador Marisvaldo e o novato Anderson Bananeiro certamente irão a fazer parte da base do Deputado Nininho para 2026.
Essa fragmentação favorece Neles Farias, que, além do apoio do prefeito eleito, conta com o apoio do maior número dos vereadores eleitos. Filiado ao Novo, ele pode migrar para o PL, partido do prefeito, consolidando sua força política.
O cenário de 2026 em Rondonópolis conta ainda com outros possíveis candidatos ao legislativo estadual, além Neles Farias pelo grupo do Prefeito eleito; o atual Prefeito Zé Carlos do Pátio; Paulo José o PJ que foi candidato a prefeito pelo PSB nesse ano; Pedro Maggi, ex-candidato a vice-prefeito na chapa do PSB; o presidente da Câmara Municipal Júnior Mendonça, Roni Magnani.
Por fim, há os atuais deputados com perspectiva de reeleição: Nininho (PSD), Sebastião Rezende (União Brasil) e Tiago Silva (MDB).
Vale lembrar que, a partir de janeiro, Rondonópolis perderá uma cadeira na Assembleia Legislativa com a saída de Cláudio Ferreira, que assumirá a prefeitura.
Esse panorama político para 2026 revela um cenário competitivo, com novos atores e alianças em formação.
A pulverização do legislativo municipal e a busca por novos partidos refletem a complexidade do cenário político local, prenunciando uma disputa acirrada pelas vagas na Assembleia Legislativa.