O deputado federal José Medeiros (PL-MT) vai apresentar um projeto de lei que tem como objetivo impedir que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) conceda crédito a empresas para realização de obras em outros países como defende o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Para Medeiros, o dinheiro do BNDES deveria ser usado prioritariamente para promover ações de desenvolvimento dentro do território nacional e o governo Lula não tem o direito de abdicar de um recurso que não é seu, mas do povo brasileiro.
“O financiamento de obras no exterior, defendido pela alta cúpula do governo petista, é absurdo levando-se em consideração as enormes necessidades que o Brasil possui, principalmente na área da infraestrutura”, ressalta.
O parlamentar lembra ainda que essa política exterior do PT prejudica o desenvolvimento do Brasil e compromete a geração de empregos e renda para a população, uma vez que a atual gestão não possui um plano concreto de investimento que fomente a industrialização e melhore a logística dentro do país.
“O governo quer liberar financiamentos bilionários para a realização de obras em outros países enquanto o setor produtivo brasileiro, por exemplo, tem dificuldades de expandir a produção em função da limitação de empréstimos públicos. Para Lula e seus ministros, a prioridade é gerar renda e emprego em países alinhados ideologicamente com o PT. Infelizmente isso não é novidade! É a história se repetindo”, lamenta Medeiros.
No período em que foi senador da República (2015-2018), Medeiros denunciou os desmandos com o dinheiro do BNDES envolvendo empresas que foram investigadas na Operação Lava Jato. Na época, uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que entre 2007 e 2014, nos governos do PT, foram concedidos empréstimos no valor de R$ 50 bilhões para obras no exterior.
A maioria das obras, de acordo com o parlamentar, foi executada por empresas envolvidas em escândalos de corrupção. Além disso, a informação é que países como Cuba e Venezuela devem milhões de dólares de parcelas de empréstimos não pagos ao Brasil.