MPTCU pede bloqueio de bens de Bolsonaro, Ibaneis e Anderson Torres

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) solicitou o bloqueio de bens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e do ex-ministro de Justiça e Segurança Pública do DF, Anderson Torres. A decisão desta terça-feira (10) é assinada pelo Subprocurador-Geral, Lucas Rocha Furtado.

“Em razão de processo de Tomada de Contas e do vandalismo ocorrido no Distrito Federal no dia 8 de janeiro de 2023, que provocou inúmeros prejuízos ao erário federal, solicito que seja decretada a indisponibilidade de bens dos Srs. Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República, do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, bem como do sr. Anderson Torres, secretário de segurança do Distrito Federal exonerado, assim como de outros responsáveis, sobretudo de financiadores de mencionados atos ilegais”, diz o despacho encaminhado ao presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas.

É a primeira vez que Bolsonaro é formalmente associado aos atos de violência praticados na Capital Federal no dia 8 de janeiro, quando as sedes do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional foram invadidos e depredados por vândalos. Jair Bolsonaro está nos Estados Unidos, onde chegou a ser hospitalizado depois de sentir um desconforto abdominal.

Anderson Torres foi exonerado do cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal depois que as autoridades perderam o controle sobre os invasores. Ibaneis Rocha ainda chegou a gravar um vídeo pedindo desculpas ao governo federal pelo ocorrido, mas horas depois foi afastado do cargo, por 90 dias, por ter sido omisso diante dos acontecimentos.

Mais de 1.200 pessoas foram detidas e encaminhadas para a sede da Polícia Federal em Brasília acusadas de envolvimento nos atos criminosos. Eles podem ser indiciados por atos terroristas, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, ameaça, perseguição e incitação ao crime.



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Redação GNMT