Senador Carlos Fávaro troca presidente Bolsonaro por Lula

O senador licenciado Carlos Fávaro (PSD), durante entrevista exclusiva, fez duras críticas à gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), seu antigo aliado. Ele explicou os motivos pelos quais escolheu se aliar à Federação Brasil da Esperança, formada pelo PT, PV e PC do B e ainda elencou os avanços feitos pelo governo do ex-presidente Lula (PT). Esta foi a primeira vez que o congressista emitiu uma avaliação negativa do governo federal.

Uma das críticas de Fávaro a Bolsonaro é sobre a negociação de uma carteira de títulos de crédito do Banco do Brasil (BB) ao BTG Pactual, em 2019. De acordo como ex-vice-governador, o acordo dificulta a negociação da dívida dos produtores rurais e facilita a tomada de terra. Para o senador, os trabalhadores do campo deveriam se preocupar mais com os bancos do que com o MST.

Os produtores rurais tinham medo que o MST tomasse a terra deles, mas quem vai tomar é o Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, com o BTG. Já estão levando à leilão as terras deles. Esses produtores tinham financiamento a 2,5% de juros ao ano, e agora chega a 12,5%. Eles têm que refletir, criticou.

A aliança de Fávaro com os partidos da esquerda foi confirmada depois de uma reunião do congressista com Lula em Brasília. Além do senador, o deputado federal e pré-candidato ao Senado, Neri Geller (PP) participou do encontro. Fávaro apontou que o trato feito com o ex-presidente foi feito com zelo, cautela e estudo. O senador, que será um dos coordenadores da campanha de Lula em Mato Grosso, disse que espera ser uma das vozes do petista no Estado.

"Em 2018, Bolsonaro foi uma esperança de dias melhores para o povo brasileiro. Talvez, eu possa ser a voz de muitos aqui em Mato Grosso que têm vontade de expressar o seu voto ao Lula, mas é reprimido por essa militância digital, por essa ânsia de não respeitar a escolha do outro, a divergência, a pluralidade...".

Candidatura ao governo


Fávaro admitiu também que poderá disputar o governo de Mato Grosso e ser o candidato à oposição do governador Mauro Mendes (União). Segundo ele, já existe apoio de diversos grupos políticos e setores sociais pedindo sua candidatura. As articulações estariam intensas no interior.


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Redação GNMT