Defesa de Daniel Silveira pede arquivamento de ação após perdão de Bolsonaro

A defesa do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento da ação em que ele foi condenado a oito anos e nove meses de prisão por ataques antidemocráticos.

A defesa diz que o processo perdeu o objeto com o decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro para perdoar a pena do parlamentar.

 

"Diante do perdão presidencial amplo e irrestrito, não há sequer em falar de recursos a serem opostos ou interpostos, por quaisquer das partes, MP e defesa, pois deixou de existir o objeto da malfadada persecução penal, inexistindo também a motivação recursal", diz um trecho do pedido.

 

Além do arquivamento do caso, o advogado pede que os perfis do deputado nas redes sociais sejam reativados imediatamente. Outra demanda é a devolução da fiança de R$ 100 mil paga no ano passado por violações na tornozeleira.

O documento também provoca o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, ao sugerir que o magistrado se comprometa a "apagar o nome Daniel Lúcio da Silveira de vossa mente".

 

Manifestação no Rio de Janeiro
Silveira participou de uma manifestação no Rio de Janeiro neste domingo (1º). O congressista chegou ao local por volta das 10 horas. O ato reuniu apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que protestaram contra o STF.

 

Em discurso aos manifestantes, Silveira evitou citar o nome do Supremo e disse que "ficou muito tempo calado''. Ele exaltou o chefe do Executivo. "Se não fosse o presidente Bolsonaro, essa cor amarela e verde não estaria acontecendo, estaria vermelha", disse.

 

Por determinação do Supremo, Daniel Silveira precisa usar tornozeleira eletrônica, mas o equipamento passou alguns dias descarregado, de acordo com informações da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do DF.

 

"Falei por várias vezes no privado com Bolsonaro e garanto para vocês, não tem nada que preocupa mais o presidente do que livrar o Brasil do socialismo que vem avançando", completou o parlamentar.

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Redação GNMT