No esquema apurado na Operação Gomorra, o grupo liderado por Edézio Correa teria recebido mais de R$ 20 milhões de apenas um município. Conforme a investigação, cerca de 100 prefeituras e Câmaras Municipais fizeram pagamentos às empresas de propriedade de parentes de Edézio, por meio de fraudes em licitações.
Na representação em que pediu a prisão de Edézio e seus parentes Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, Roger Correa da Silva, Waldemar Gil Correa Barros, Eleide Maria Correa e Jânio Correa da Silva, o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), grupo operacional permanente formado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e Polícia Judiciária Civil (PJC), apresentou uma tabela com os valores pagos pelos órgãos públicos.
Edézio e seus parentes teriam utilizado nas fraudes as empresas Centro América Frotas Ltda, Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda, Pantanal Gestão e Tecnologia Ltda e Pontual Comércio Serviços Terceirizações Ltda. No total, os suspeitos teriam recebido R$ 1,8 bilhão ao longo de 5 anos.
A Prefeitura de Colniza foi a que mais fez pagamentos às empresas do esquema. No total foram R$ 20.313.345,67, sendo R$ 17.377.235,75 pagos à empresa Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda e R$ 2.936.109,92 pagos à empresa Pantanal Gestão e Tecnologia Ltda.
Em seguida vem a prefeitura de Peixoto de Azevedo, que pagou um total de R$ 17.151.310,71. Deste Município a Pantanal Gestão e Tecnologia recebeu R$ 10.383.279,32 e a Centro América Frotas Ltda recebeu R$ 6.768.031,39.
O órgão que pagou o menor valor aos suspeitos foi a Câmara Municipal de Poconé, num total de R$ 1.080,28.
Veja os valores pagos: