A Justiça de Mato Grosso realizou nesta sexta-feira (26) a primeira audiência do processo que trata sobre o duplo homicídio ocorrido no ano passado, no Shopping Popular, em Cuiabá. O empresário Gersino Rosa dos Santos, de 43 anos e um funcionário, Cleyton de Oliveira de Souza Paulino, de 27 anos, foram assassinados a tiros.
O crime ocorreu no final de novembro de 2023. De acordo com as investigações, mãe e filho Jocilene Barreiro da Silva, de 60 anos, e Vanderley Barreiro da Silva, de 31 anos, teriam contratado Silvio Peixoto, 27, em Minas Gerais para tirar a vida do empresário.
Entretanto, Cleyton estava na linha de tiro, ocasião em que foi alvejado e morto.
A audiência foi conduzia pelo juiz Jorge Alexandre, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá. Na ocasião, foram ouvidas testemunhas de defesa e acusação.
Um colega de Cleyton, identificado apenas como Jackson, que também trabalhava no Shopping Popular, contou um pouco de como se deu o crime.
Ele disse que inicialmente, quando se ouviu o barulho do primeiro tiro, ele pensava que se tratava de um roubo. Mas quando viu Gersino caindo e em seguida, outro disparo, percebeu que se tratava de um homicídio.
Ainda no interrogatório, ele comentou que conhecia Clayton e que ele estava "ralando" para realizar o aniversário de 5 anos de sua filha, na semana em que foi morto.
"Ele era uma boa pessoa. Ele estava trabalhando para levar a filha de 5 anos para o aniversário dela no final de semana", contou.
A esposa da vítima, Adriana, também foi ouvida nesta sexta-feira. Em seu depoimento, ela afirmou que com a morte de Cleyton sua filha está realizando acompanhamento psicológico.
Relembre o caso
Segundo a polícia, os dois teriam pago R$ 10 mil para que Silvio Junior Peixoto cometesse o crime. O assassino veio de Minas Gerais e sequer pernoitou em Cuiabá: matou as vítimas e voltou para Uberlândia em um ônibus de viagem no mesmo dia.
A principal hipótese, segundo o delegado Nilson Farias, responsável pela investigação, é que o crime tenha sido cometido por vingança, já que os supostos mandantes acreditariam que Gersino teria ordenado a morte de Girlei Silva da Silva, de 31 anos, conhecido como “Maranhão”, dias antes do duplo homicídio registrado no Shopping Popular.