Empresário, DJ, além de dois servidores públicos são alvos da Operação Ragnatela, deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO-MT) para desarticular membros de uma facção criminosa que usavam casas noturnas de Cuiabá para lavar dinheiro do crime.
Segundo apurado pelo , a investigação apontou a participação de um policial penal e de um fiscal da prefeitura, que já foram afastados do cargo por ordens judiciais. Além disso, 4 casas de shows tiveram as atividades suspensas e contas dos alvos foram bloqueadas.
Ao todo, 8 pessoas foram presas e 36 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. As equipes cumpriram ainda 9 sequestro de bens e imóveis e 13 apreensão de veículos. Consta na investigação que criminoso compraram uma casa noturna em Cuiabá pelo valor de R$ 800 mil, pagos em espécie.
A partir disso, o grupo começou a produzir shows de cantores nacionais conhecidos, custeados pela facção criminosa em conjunto com os promotores de eventos.
Os criminosos contavam ainda com apoio de agentes públicos, que fiscalizavam os locais e expediam licença para a realização dos shows sem a documentação necessária. A facção determinava ainda que não fossem contratados artistas de outros estados onde a facção rival é atuante, como por exemplo, São Paulo.
Força-tarefa lembra do show de MC Daniel, em 2023, quando ele foi hostilizado e saiu escoltado pela polícia. O integrante da facção criminosa, que promoveu o show do cantor, foi punido pela facção sob pena de ficar sem produzir eventos e trazer shows para Cuiabá por dois anos. (Com assessoria da PJC)