O policial militar Cássio Teixeira Brito e o agente do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Elder José da Silva, são os militares acusados de envolvimento nos ataques a moradores de rua, realizados na madrugada dessa quarta-feira (27), em Rondonópolis (212 km de Cuiabá). Duas pessoas morreram e duas ficaram feridas.
Os dois policiais estão foragidos até o momento. O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) já pediu a prisão preventiva da dupla.
Os militares estavam dentro de uma Land Rover e passaram em frente ao Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua durante a madrugada de quarta-feira (27). Eles atiraram e balearam três vítimas.
Odinilson Landvoidt de Oliveira, 41 anos já estava morto. Oziel Ferle da Silva, 35 anos e William Ferreira de Oliveira Filho, 25 anos, foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e encaminhados ao Hospital Regional de Rondonópolis.
As duas vítimas socorridas com vida passaram por procedimentos cirúrgicos e estão sob acompanhamento.
Minutos depois, os policiais foram informados de que mais uma pessoa tinha sido baleada na entrada do Bairro Vila Canaã. O Samu esteve no local e constatou a morte de Thiago RodriguesLopes, 37 anos.
Em nota encaminhada nessa quinta-feira (28), o Comandante-Geral da Polícia Militar de Mato Grosso, tenente-coronel Alexandre Mendes afirmou que o sentimento é de “desgosto” com os agentes.
“Ao tomar conhecimento da participação de dois policiais militares nos bárbaros homicídios em Rondonópolis dias atrás, nosso sentimento é de desgosto e zelo pela tropa que não se confunde com tais práticas”, escreveu Mendes.
Além disso, o tenente-coronel salientou que todas as providências já estão sendo tomadas para responsabilizar os militares. “Temos a informar que a PMMT toma desde já todas as providências na direção de responsabilizar os envolvidos em sede disciplinar”.
“Assevero que a Corregedoria da PMMT através dos procedimentos cabíveis dará a pronta resposta à sociedade mato-grossense, em vista da vida, bem-maior que defendemos e dos policiais militares que fazem jus a esse propósito”.
“Ressaltamos ademais que ambos foram devidamente identificados, e que, nesta hora, a investigação da Polícia Civil conta irrestritamente com todo nosso apoio”, conclui.