Justiça de Mato Grosso condenou Victor Hugo da Silva, de 19 anos, a 16 anos de prisão por ter matado a mãe dele, Fabiana Maria Amaro da Silva, em agosto do ano passado em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. O júri foi realizado nessa quarta-feira (12).
Entretanto, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) concordou com a sentença e impetrou um recurso. De acordo com o órgão, a dosagem da pena foi inferior ao que se esperava, diante da natureza gravíssima do crime.
De acordo com o MPMT, os jurados reconheceram todas as qualificadoras apresentadas na denúncia. Além disso, o Victor Hugo cometeu o crime com utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima, por motivo fútil, pelo emprego de meio cruel e em decorrência do fato de a vítima ser mulher, o que se classifica como feminicídio.
O assassinato foi cometido na madrugada do dia 1º de agosto do ano passado. A vítima foi atingida por golpes de faca no pescoço.
Segundo consta na denúncia, no dia do homicídio, Victor passou a tarde ingerindo bebida alcoólica. No início da noite, quando mãe dele retornou do trabalho – ela era enfermeira –, os dois, acompanhados de um vizinho, foram até uma distribuidora para comprar mais bebidas.
Ao retornarem, a vítima entrou em casa e o vizinho também foi para a residência dele. Apenas o réu permaneceu na calçada, bebendo.
De acordo com as investigações, algumas horas depois, Victor entrou na casa e começou a discutir com Fabiana. A relação dos dois, conforme o MPMT, era conflituosa, devido ao mal comportamento que o jovem apresentava.
Após atingir a vítima com golpes de faca no pescoço, Victor Hugo teria saído da casa para pedir ajuda aos vizinhos, simulando que a residência teria sido invadida.
Durante a ocorrência, no entanto, os policiais verificaram o comportamento agressivo do réu, que passou a proferir palavras de baixo calão.
A perícia realizada no local também não verificou nenhum sinal da suposta invasão indicada por Victor Hugo. Além disso, não foi constatado nenhum sinal de luta e defesa nas mãos da vítima.