Um áudio encaminhado à reportagem mostra K.C., 20, esposa do jornalista Lucas Ferraz, desesperada e chorando em conversas com outras pessoas logo após a suposta agressão sofrida da qual o companheiro é o principal suspeito.O crime teria ocorrido durante uma confraternização de fim de ano da empresa na qual ele trabalhava.
O caso aconteceu no último final de semana em Tangará da Serra (a 243 km de Cuiabá). A denúncia da agressão veio à tona após a mulher procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com hematomas provenientes das agressões. Ela, contudo, não registrou boletim de ocorrência. Lucas foi demitido da empresa.
No áudio, duas mulheres se aproximam de K.C. e a chama para ir até a delegacia. Chorando, ela nega o chamado e justifica que, caso vá, Lucas “vai chegar e dizer que foi uma discussão”.
“Ele não tem como falar que foi uma discussão, você está toda machucada”, argumenta uma pessoa. Quer a real? Eu vou ser realista com você aqui. Essa cidade inteira acha o Ferraz um babaca”. “Ele é um babaca”, diz a vítima.
Questionada se essas foram as primeiras agressões, K diz que não. Em outro trecho do áudio, ela explica como se iniciaram em uma sala logo após ela ter retornado do banheiro.
“O Lucas já estava lá, me meteu dois, 3 socos lá na casa do Roger, na minha testa, na minha cara. Eu fui pro carro, todo mundo viu que meu nariz estava sujo de sangue, que ele tinha quebrado meu nariz”, disse.
Ela segue e conta que após ter sido agredido foi para dentro do carro e foi agredida mais uma vez. “Peguei minhas coisas e entrei no carro, aí ele veio me agredindo dentro do carro. Me levou pra uma rua ali pra baixo e falou assim: “sai correndo, senão eu vou te matar! Vai pra casa, senão eu vou te matar”.
Ainda no áudio, K. cita outro motivo para não denunciar Lucas. O processo que ele responde na Justiça de um relacionamento com sua ex-mulher. “Ele fez isso com a outra e acabou, não tem nada do Lucas”. “O Lucas é um intocável”.
