O ex-deputado Roberto Jefferson se entregou à polícia na noite deste domingo (23), após atacar policiais federais e resistir por 8 horas à ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Jefferson atacou os agentes a tiros de fuzil e granadas, na cidade de Comendador Levy Gasparian, no interior do Estado do Rio de Janeiro.
O ex-deputado será levado à sede da PF, no Centro do Rio de Janeiro.
Após a prisão, Alexandre de Moraes se manifestou no Twitter:
"Parabéns pelo competente e profissional trabalho da Polícia Federal, orgulho de todos nós brasileiros e brasileiras. Inadmissível qualquer agressão contra os policiais. Me solidarizo com a agente Karina Oliveira e com o delegado Marcelo Vilella que foram, covardemente, feridos."
O presidente Jair Bolsonaro (PL) também comentou o desfecho do caso e chamou Jefferson de "bandido".
"Como determinei ao ministro da Justiça, Anderson Torres, Roberto Jefferson acaba de ser preso. O tratamento dispensado a quem atira em policial é o de bandido. Presto minha solidariedade aos policiais feridos no episódio."
Roberto Jefferson já cumpria prisão domiciliar, que foi revogada por Moraes, após ele publicar um vídeo, nesse sábado (22), em que xingou a ministra Cármen Lúcia de vários palavrões, como "Bruxa de Blair", "Cármen Lúcifer" e "prostituta arrombada", por ela ter votado a favor de decisões que censuraram a rádio Joven Pan, por usar adjetivos pejorativos contra o candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A prisão domiciliar foi revogada e, agora, ele segue para o regime fechado.