O pai de uma criança de 11 anos foi preso nesta terça-feira (26.), pela Polícia Civil, em Santa Terezinha, no nordeste de Mato Grosso, pelo crime de tortura contra a filha. Além dele, foi preso em flagrante um rapaz de 19 anos por estupro de vulnerável e a madrasta da criança por omissão em relação ao estupro.
De acordo com o delegado de Santa Terezinha, Diogo Jobane Neto, as agressões contra a menor ocorreram em um assentamento na zona rural do município. A criança sofreu tortura do pai porque teria dormido fora de casa e ele ainda a agredia com frequência em ocasiões anteriores. As agressões na noite de segunda-feira foram gravadas e servirão como elementos de prova para o inquérito instaurado pela Polícia Civil.
Na noite de segunda-feira, o Núcleo da Polícia Militar recebeu uma denúncia sobre uma situação envolvendo uma menor de idade. A Delegacia da Polícia Civil foi acionada e o militar plantonista e o escrivão Deuzivan Gomes seguiram ao assentamento Porto Velho, onde realizaram as diligências e prenderam em flagrante os suspeitos.
De acordo com as informações coletadas na localidade, o pai da menina a teria agredido no meio da via pública e bateu a cabeça dela em uma estaca de madeira, depois de retirá-la de um veículo e leva-la para casa. No endereço dos responsáveis, a menor foi encontrada dormindo do lado de fora da residência com mais duas crianças.
Foi apurado que a menina e os irmãos dormiam nesse local, um barraco de tábuas e coberto apenas por palhas e sem nenhuma estrutura, porque a madrasta não queria que os menores ficassem na casa principal para 'não bagunçar' a residência.
Já o adulto suspeito de envolvimento com a menor foi localizado quando conduzia seu veículo e confessou que mantinha um relacionamento com a vítima e que ela era constantemente agredida e maltratada pelo pai.
Todos foram conduzidos para a Delegacia de Santa Terezinha e após procedimentos realizados pelo escrivão Deuzivan e o investigador Gildazio Gomes, os três adultos foram autuados em flagrante pelos crimes de tortura (pai da menor); estupro de vulnerável (adulto que tinha relacionamento com a menina) e a madrasta, que responderá pelo crime de estupro de vulnerável pela omissão imprópria, pois tinha conhecimento da relação da criança com o adulto.
O Conselho Tutelar foi comunicado e fez o acolhimento institucional da menina e ela foi ouvida pela equipe psicossocial do Centro de Referência em Assistência Social de Santa Terezinha.
O delegado representou pela conversão do flagrante em prisão preventiva dos três adultos, que serão apresentados em audiência de custódia da Justiça.