Criança torturada pelos tios era submetida a humilhações, privação de comida e agressões físicas

A menina Maria Vitória Lopes dos Santos, dois anos, que morreu nesta segunda-feira (08),  em uma unidade de saúde em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), em decorrência de traumatismo cranioencefálico, era submetida a humilhações, privação de alimentação e agressões constantes e estupro. Em depoimento, em um primeiro momento, Aneuza Pinto Ponoceno negou que ela e Francisco Lopes da Silva, tivessem cometidos tais atos bárbaros, mas acabou confessando posteriormente.


No início, quando a criança foi socorrida até a Unidade de Pronto-atendimento de Poconé, os tios, que também são pais de criação da menina, negaram que tivessem agredido a menor e alegaram que ela havia caído da cama, o que era incompatível com as lesões apresentadas.

 

Posteriormente, a mulher mudou a versão em conversa com a equipe do delegado Maurício Maciel Pereira. “Foi possível esclarecer com riqueza de detalhes o que já estava evidenciado no que tínhamos. Tivemos alguma dificuldade no início, mas logo em seguida ela decidiu contar a verdade”.

 

Os tios chegavam a deixar de dar alimentação para a menina de dois anos, que era submetida a andar nua e dançar para conseguir comer. Além disto, a pequena Maria Vitória ainda era agredida de forma física por seus pais, além de também ter sido estuprada.

 

Um laudo médico apontou que a criança tinha fraturas cranianas, estado não compatível com a situação descrita pela sua responsável legal, que a levou ao hospital. Além disso, ela apresentava lesões por maus-tratos, abuso sexual, traumatismo craniano grave e suspeita de morte encefálica.

 

Conforme a investigação conduzida pelo delegado Maurício Maciel, há cerca de cinco meses, a guarda provisória dela estava com o tio paterno e a esposa dele. O casal estava morando em um sítio com a criança, na região rural de Poconé.


Os dois acusados irão responder por homicídio qualificado maus tratos, estupro de vulnerável e tortura. Ambos continuam presos.

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Redação GNMT