As investigações da GCCO apontam que o grupo alvo da 'Operação Bereu', deflagrada nesta quarta-feira (10), com objetivo de cumprir 52 mandados judiciais, cobrava taxas de moradores, empresários e 'donos' de bocas de fumo da região do Tijucal, em Cuiabá. a organização era liderada por um detento da Penitenciária Central do Estado (PCE).
O grupo exigia o pagamento de taxas a moradores daquela região. Entre os valores cobrados estão pagamentos para integrarem a própria organização criminosa, cobranças a empresários do bairro e também taxas cobradas para que “bocas de fumo” pudessem funcionar na região.
A GCCO identificou outros dois criminosos que atuavam como líderes de rua no bairro e eram o “braço direito” do criminoso que está preso. As determinações eram feitas por meio de cartas, que são conhecidas dentro de unidades prisionais como `bereu’, nome que deu origem à operação.
O inquérito policial instaurado pela GCCO comprovou, até o momento, que pelo menos 20 pessoas foram cadastradas para participarem e integrarem a organização criminosa.
Os investigados poderão responder pelos crimes de integrar organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico, entre outros crimes correlatos.
Participam junto com as equipes da GCCO no cumprimento dos mandados judiciais 108 policiais civis de unidades da Diretoria de Atividades Especiais (GOE, Polinter, DRE, Defaz, Dema e Deccor), além da Diretoria Metropolitana (delegacias das regionais de Cuiabá e de Várzea Grande).
A operação conta também com apoio das Diretorias de Inteligência e de Execuções Estratégicas da Polícia Civil e a Secretaria Adjunta do Sistema Penitenciário.