O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que é a favor do voto impresso e que "está fechado" com presidente Jair Bolsonaro (sem partido). As declarações foram dadas na noite desta terça-feira (3), durante entrevista ao programa Estúdio ao Vivo (TV Cidade Verde).
Bolsonaro defende que, a partir da eleição presidencial de 2022, os números digitados por cada eleitor na urna eletrônica sejam impressos e que os papéis sejam depositados de forma automática numa urna de acrílico. A ideia é que, em caso de acusação de fraude no sistema eletrônico, os votos em papel possam ser apurados manualmente.
“Eu acho que nós temos que ter sim o voto impresso. Primeiro, porque essa celeuma não é tão importante assim. Igual àquela história do cartão de crédito. Se você passa cartão ali, você não quer ver o ticketizinho para ver se é aquilo mesmo? Claro que quer. Então, vou ver se o voto que eu digitei é aquilo mesmo. Tem coisa mais importante para discutir no Brasil. Sou a favor do voto impresso e pronto. Vamos acabar logo com isso e estou fechado com Bolsonaro nisso”, disse o governador.
O assunto veio a tona após questionamentos sobre o áudio da conversa de Mauro com os deputados Neri Geller (PP) e Dilmar Dal Bosco (DEM) que vazou na última semana. Na gravação, eles discutiram a popularidade do presidente.
Dilmar menciona parte dos apoiadores como "os radicais do Bolsonaro". “O que foi falado não tem nada de anormal. É algo muito simples. Quantos por cento da população de Mato Grosso são muito apaixonados e radicais, seguidores do presidente. Hoje, no Brasil tem pessoas que são radicais de esquerda, direita e centro. Acho que muitas das ideias que esses eleitores defendem, eu também defendo, que é o combate à corrupção. Mas, radicalismo demais não é bom para ninguém”, explicou Mendes.
O governador ainda lembrou da prisão do ex-presidente Lula (PT). “Eu ouvi um tempo atrás que se prendessem Lula o povo ia pra rua, ia fazer isso e que ia ser uma revolução. O Lula foi preso e nada aconteceu. Então, o povo brasileiro é pacífico, tem suas convicções, são pessoas que acreditam muito naquilo que defendem. Mas, não acho que ninguém vai para um radicalismo de querer fazer uma ruptura institucional. Temos que nos respeitar e parar com um pouco de brigaiada, porque quem briga muito não tem tempo de trabalhar”, acrescentou.