O prefeito Zé Carlos do Pátio (PSB) sofreu outra derrota no Legislativo, frustrado mais uma vez em suas tentativas de pressionar os vereadores. Ontem, o plenário da Câmara Municipal rejeitou o pedido feito pelo suplente de vereador Fabiano Nascimento (PV) para a cassação do mandato do vereador Subtenente Guinancio (PSDB).
Fabiano, suplente de Guinancio, está em plena campanha para as eleições do próximo dia 6 de outubro, na tentativa de garantir uma cadeira entre os 21 vereadores da Câmara Municipal. Durante a janela partidária deste ano, ele deixou o PSDB e ingressou no PV, partido que integra a aliança de apoio ao grupo político do prefeito.
O pedido de cassação tinha como base uma condenação de Guinancio, em 2021, por ameaça a um servidor da prefeitura. Fabiano alegou que essa decisão judicial teria suspendido os direitos políticos do vereador, tornando-o inelegível e apto à perda de mandato.
Entretanto, a Procuradoria Jurídica da Câmara descartou a possibilidade, afirmando que não houve trânsito em julgado – ou seja, a decisão não é definitiva e não impede Guinancio de continuar exercendo seu mandato. Além disso, o vereador já havia pago a multa imposta pela Justiça, o que extinguiu qualquer possibilidade de punição ou perda de direitos políticos.
A tentativa frustrada gerou declarações de Subtenente Guinancio, que acusou Pátio de ainda estar ressentido pela derrota anterior na Casa de Leis, quando teve negado seu pedido para contrair um empréstimo de R$ 300 milhões junto ao Banco do Brasil. “Ele não aceita perder e usa de manobras absurdas para tentar nos calar. Dessa vez, buscou o meu suplente para tentar me cassar, mas, assim como da outra vez, a Câmara agiu com coragem”, disparou Guinancio.
As acusações do prefeito também foram rebatidas pela Câmara, que, em nota oficial, lamentou os ataques feitos por Pátio em um vídeo público, no qual ele acusava o presidente Júnior Mendonça (PT) de segurar o processo de cassação. Guinancio concluiu: “É mais uma mentira. Nada foi segurado”.