Justiça nega liberdade a médico preso por estupro em parto

A Justiça do Rio de Janeiro negou na última quinta-feira (17) um habeas corpus pedido pela defesa do anestesista Giovanni Quintella Bezerra. Ele foi denunciado por estuprar uma mulher durante o parto no centro cirúrgico do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, em julho desse ano.

A decisão é do desembargador Celso Ferreira Filho, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. O processo tramita em segredo de justiça.

Outro pedido de habeas corpus já havia sido negado no começo do mês.

A primeira audiência sobre o caso está prevista para o dia 12 de dezembro.

O registro do crime foi feito pelo celular de uma das profissionais que acompanhavam a cirurgia. O aparelho ficou escondido na parte interna de um armário localizado dentro do centro cirúrgico. Quintella foi preso em flagrante no dia 10 de julho e sua prisão foi convertida em preventiva - que não tem prazo para expirar -, após passar por audiência de custódia.

O caso

O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, 31 anos, foi preso e autuado em flagrante, no dia 10 de julho, por estupro. Segundo investigadores, ele abusou de uma paciente enquanto ela estava dopada e fazia uma cesariana no Hospital da Mulher Heloneida Studart em Vilar dos Teles, São João de Meriti, município na Baixada Fluminense.

Funcionários do hospital já desconfiavam do comportamento do anestesista e o filmaram colocando o pênis na boca de uma paciente quando esta estava completamente desacordada.

O anestesista foi indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.

Investigações posteriores mostraram que ele fez outras vítimas, e deve ser julgado posteriormente por esses crimes também.



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Redação GNMT