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Dono de site deve pagar R$ 7 mil e se retratar por mentiras contra prefeito

O proprietário do site “Tudo Menos Política”, Rafaell Milas de Oliveira, de Cuiabá, foi condenado pela Justiça a pagar uma indenização de R$ 7 mil, remover publicação e ainda publicar uma retratação em função de afirmações falsas feitas contra o prefeito de Rondonópolis, Cláudio Ferreira. A decisão é do juiz Wagner Plaza Machado Junior, da Comarca de Rondonópolis.

Em uma publicação no 27 de junho de 2025, através da página “Tudo Menos Política”, Rafaell acusa o gestor de Rondonópolis de utilização de contrato de publicidade  para  promoção  pessoal  e  ainda de ter promovido aumento salarial de 80% para si, como “primeiro projeto” de sua gestão. O prefeito ingressou com ação requerendo indenização por danos morais,  remoção  da  postagem  ofensiva  e  publicação  de retratação.


Na ação, a defesa do prefeito demonstrou com documentos  juntados que  o  projeto  de  aumento  de  subsídios  teve  origem  na  Câmara  Municipal  (Mesa  Diretora)  e  foi apresentado / aprovado  quando  o gestor  ainda  não  estava no mandato —  afastando a veracidade da afirmação veiculada de que tal aumento teria sido iniciativa do atual prefeito.

“Ainda que a lei de aumento salarial tenha sido sancionada pelo autor no exercício do cargo, é manifestamente inverídica a  afirmação  de  que  este  teria  enviado  o  projeto  à  Câmara  como  seu  primeiro  ato  na Prefeitura, uma vez que a iniciativa legislativa partiu da Mesa Diretora e fora aprovada antes mesmo de sua posse. A imputação feita pelo réu, portanto, distorce a realidade e atribui ao autor conduta que não praticou”, consta na decisão.




A sentença assevera ainda que o dano é de difícil mensuração patrimonial e, por isso, se reconhece como dano moral presumido, diante da gravidade das imputações e da sua divulgação pública. “A retratação/nota de esclarecimento é medida adequada e necessária quando a  divulgação  de  informação  falsa,  errônea  ou  ofensiva  atinge  a  honra  de  outrem”, aponta ainda a decisão.


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Redação GNMT