A população em situação de rua em Mato Grosso aumentou 196% entre 2016 e agosto de 2023, segundo levantamento feito no Relatório Preliminar População em Situação de Rua, produzido pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. O número subiu de 855 para 2.531, segundo dados apurados no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal.
O estudo mostra ainda que a principal causa de evasão do lar, apontada por mais de 2.000 entrevistados é o desemprego e/ou o alcoolismo/drogas. Já 976 citaram problemas familiares para morar na rua, e 454 disseram ser por perda de moradia.
A maioria dos 2.531 moradores de rua de Mato Grosso se identificam como pardos. Eles totalizam 1.982, ou 78,3%. Já 457 (18%) dizem ser brancos, 347 (13,7%) negros, 17 (0,67%) amarelos e 5 (0,19%) indígenas.
Um número de 1.066, ou 42%, estão nas ruas pelo período de até 6 meses, enquanto 15,9%, ou 403, estão entre dois e cinco anos em situação de rua. O estudo também mostra que 15,8% estão morando na rua entre seis meses e um ano.
Do total de pessoas em situação de rua em Mato Grosso, são brasileiros. Da Venezuela, são 65 moradores de rua. Há também pessoas naturais da Colômbia (5), Argentina (3), Cuba (2), Haiti (2), Peru (2), Argélia (1), Chile (1), Marrocos (1) e Senegal (1).
Veja as 10 cidades de MT com mais moradores de rua:
Cuiabá (999); Rondonópolis (405); Sinop (199); Primavera do Leste (168); Várzea Grande (134); Lucas do Rio Verde (85); Cáceres (77); Sorriso (57); Campo Novo do Parecis (56); Barra do Garças e Tangará da Serra (ambos com 49).