Após assembleia decisiva, aliado do governo defende liquidação da CODER como "libertação de amarras" para Rondonópolis

Em mensagem nas redes sociais, apoiador da gestão reconhece impacto de demissões, mas classifica empresa como "extremamente deficitária" e afirma que cidade "merece se livrar dessas amarras". Votação foi de 11 a 1 pela dissolução.


REDAÇÃO | RONDONóPOLIS


Em um pronunciamento que antecipa a narrativa oficial do governo municipal, um aliado da gestão saiu às redes sociais para se defender de acusações de "comemoração" e justificar a liquidação da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (CODER). A mensagem, publicada horas após a assembleia que deliberou pelo fim da empresa pública, admite o custo social da medida, mas a defende como uma decisão difícil e necessária para o desenvolvimento da cidade.


A fala, direcionada a conter "borburinhos" e "narrativas" contrárias, tenta equilibrar o reconhecimento do impacto humano – "várias pessoas não merecem perder o emprego" – com um duro diagnóstico econômico. A CODER foi classificada como "extremamente deficitária", argumentando que, mesmo sendo uma empresa pública, a cidade "não tem ganho" com sua manutenção.


"Creio que a cidade de Rondonópolis merece se livrar dessas amarras que impedem de ter um desenvolvimento maior na parte de serviços básicos, desde o asfalto até a limpeza da cidade", declarou o interlocutor, sinalizando a posição que a gestão municipal deve adotar publicamente nos próximos dias.


O discurso apela para uma visão de modernização, sugerindo que a prestação dos serviços será mantida – "vai ter pessoas executando esse serviço" – e que "vai abrir novos empregos", embora não detalhe como essa transição será feita ou se os atuais funcionários serão absorvidos.


A confirmação do resultado da assembleia também foi mencionada: 11 votos a 1 a favor da liquidação, um amplo margem que o governo usará para legitimar a decisão perante a opinião pública. O processo agora segue para as etapas legais de "convocação de servidores e tudo mais".


A mensagem, no entanto, deixa transparecer a sensibilidade política do tema. A insistência em afirmar que "não há o que se comemorar" e que a decisão é "difícil" revela a preocupação da base governista em ser acusada de insensibilidade diante da demissão em massa de servidores, um debate que certamente dominará o cenário político local nas próximas semanas.

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Redação GNMT