Foto: Jornal Nacional
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Setor privado brasileiro recorre a lobby em Washington para tentar reverter tarifa de 50% imposta pelos EUA

A imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos desencadeou uma corrida do setor privado nacional para contratar escritórios de lobby em Washington. A medida, que mistura justificativas ambientais e até menções ao sistema de pagamentos PIX, tem impactado diretamente exportadores e motivado empresários a buscar influência política junto ao governo americano.


Segundo levantamento da organização jornalística Politico, mais de 30 países recorreram a lobistas para tentar atenuar ou derrubar tarifas semelhantes. O Canadá, por exemplo, contratou um escritório cujo dono é amigo do filho do ex-presidente Donald Trump. Já a Índia desembolsou quase US$ 2 milhões para Jason Miro, ex-assessor de Trump e próximo da família Bolsonaro, sem sucesso: o país acabou sendo alvo de tarifas adicionais.


No Brasil, empresários do agronegócio relatam que importadores americanos têm pressionado pela contratação de lobby, alegando que setores que obtiveram isenções só conseguiram o benefício graças a essa estratégia. Diplomatas brasileiros também recomendam a medida, diante do fechamento de canais oficiais de negociação por parte dos EUA.


Embora proibido no Brasil, o lobby é regulamentado e amplamente praticado nos Estados Unidos, onde lobistas marcam reuniões com congressistas, assessores e membros do entorno presidencial para defender interesses comerciais. Para muitos, essa pode ser a única via viável para reabrir portas e tentar suavizar os impactos do chamado “tarifaço” sobre o comércio bilateral.

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Redação GNMT