O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte de Rondonópolis e Região (STTRR), Afonso Aragão, participou na última quarta-feira (9) de uma audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT) para tratar das condições de trabalho no terminal da Rumo Logística em Rondonópolis. O encontro ocorreu após o MPT tomar conhecimento de uma ação judicial movida pelo sindicato contra a empresa.
Segundo Aragão, o procurador Pedro Henrique Godinho Faccioli já havia instaurado um inquérito anterior para apurar a situação no Pátio TRO — área de acesso dos prestadores de serviço da Rumo. No entanto, o sindicato alega que o principal problema se concentra no Rodopátio, espaço onde ocorre a triagem dos caminhões antes da entrada no terminal.
“O nosso questionamento, após análise de um relatório técnico de uma engenheira do trabalho, é que a fiscalização do Ministério Público do Trabalho deveria ter abrangido o Rodopátio. É lá onde se concentram as maiores reclamações dos motoristas: falta de banheiros adequados, ausência de local apropriado para descanso durante a espera e, em determinados períodos, até a suspensão do serviço de restaurante”, afirmou Aragão.
O sindicalista destacou ainda que, mesmo após o retorno do restaurante — após cobrança direta do sindicato à Rumo —, os caminhoneiros continuam insatisfeitos com a qualidade do serviço oferecido.
Outro ponto considerado grave é o descumprimento da Lei nº 13.103/2015, que estabelece o tempo máximo de cinco horas para carga e descarga de veículos de transporte. “O que o sindicato busca é o cumprimento da lei. As empresas responsáveis pelo embarque e desembarque devem respeitar o prazo legal de espera”, enfatizou.
Diante dos fatos apresentados, o MPT decidiu arquivar o inquérito anterior, mas o sindicato, já protocolou um pedido formal para que o Ministério Público do Trabalho participe da nova ação judicial em andamento contra a Rumo Logística.
