O dia 14 de fevereiro de 2025 entrou para a história da Coder – Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis, marcando um triste marco na luta dos mais dos mais de 500 trabalhadores da empresa pública: já são 48 dias sem o pagamento de salários. A última vez que os “coderianos” receberam seus vencimentos foi em 28 de dezembro de 2024, e desde então, a esperança tem se tornado uma constante frustração.
Os problemas com o pagamento dos salários não são novidade para os trabalhadores da Coder. Desde a gestão do ex-prefeito José Carlos do Pátio, o atraso na folha salarial tem sido uma realidade recorrente. Para o presidente do Sispmur – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis, Reuber Teles Medeiros, a falta de compromisso com os direitos dos trabalhadores é inaceitável e não pode ser ignorada por mais tempo. “Desde meses atrás, ainda com o ex-prefeito José Carlos do Pátio, protocolamos ofícios, realizamos uma grande paralisação em dezembro, e apesar de alguma negociação que quitou parcialmente as pendências, ainda há muitos direitos dos trabalhadores pendentes. Entrou janeiro e fevereiro, e até agora, nada dos “coderianos” receberem o que é devido a eles. Tentamos o diálogo com a atual administração municipal várias vezes, mas há uma resistência clara, pois ninguém responde aos nossos apelos. Na última quinta-feira (13), fizemos mais uma paralisação e mais uma vez não obtivemos qualquer tipo de resposta positiva da prefeitura. A gestão municipal precisa explicar, de maneira transparente, o que está acontecendo. É necessário que o prefeito se reúna com os trabalhadores, olhe no olho de pais e mães de família que estão há quase dois meses sem conseguir colocar o arroz e o feijão na mesa, e fale com sinceridade sobre a situação".
A paciência dos trabalhadores já está no limite. Sem a abertura de um canal de diálogo com o executivo municipal, o Sispmur anunciou uma nova paralisação da categoria. O movimento está marcado para a próxima terça-feira (18), quando os servidores da Coder cruzarão novamente os braços.
“A Coder vai parar mais uma vez na próxima terça-feira, e esperamos que desta vez o prefeito e sua equipe não se eximam da responsabilidade. Não basta o presidente da Coder aparecer para conversar com a categoria. É fundamental que o prefeito esteja presente e que a administração municipal dê uma satisfação clara para aqueles que trabalham incansavelmente por nossa cidade. O trabalhador não aguenta mais essa falta de respeito. A gestão precisa ser transparente e assumir sua responsabilidade com quem faz a cidade funcionar”, afirmou o presidente do Sispmur.