Claudinei diz que há falta de servidores nas instituições da segurança pública de MT

O parlamentar informou que o governador autoriza a nomeação de aprovados, a partir da comprovação da falta de pessoal por parte do secretariado

 

Na luta incansável pela nomeação de aprovados dos últimos concursos públicos na área da segurança pública de Mato Grosso, o deputado estadual Delegado Claudinei (PSL), durante sessão plenária na Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (23), expôs que o governador Mauro Mendes (DEM) declarou, em programa televisivo, que a responsabilidade para o chamamento dos classificados que estão em cadastro de reserva é dos gestores responsáveis pelas Secretarias da gestão estadual.

 

O parlamentar frisou que o chefe do Executivo alegou que as convocações não partem dele, sendo que ele apenas autoriza a contratação com a comprovação por parte dos secretários sobre a necessidade de pessoal. “Estes que não foram chamados foi porque alguém da área técnica, que não sou eu, governador, não decido gente, quem decide é o secretário, ele tem que chegar para mim e dizer que está precisando. Se ele chega e prova que está precisando, eu autorizo nomear. É simples assim”, disse Mendes no programa Resumo do Dia ao apresentador Roberto França.

 

Comprovação

 

Com esse posicionamento do chefe do Executivo, Claudinei disse que há provas para garantir a nomeação dos aprovados. Um deles é o chamamento do pessoal do concurso público do Sistema Penitenciário, realizado em 2017. “Começo a receber os questionamentos, perguntas e atualizações de aprovados dos últimos concursos da segurança pública. Você sabe que é uma luta nossa, desde 2019. Ele (Mauro Mendes) falou que para ele nomear o pessoal, tem que ter o parecer técnico com a falta de efetivo. E aí? Nós temos, eu recebi a cópia de um relatório do secretário Adjunto de Administração Penitenciária, Emanoel Flores, em julho de 2020. Um estudo que vai fazer um ano, e aponta a falta de quase 500 servidores”, salienta o deputado.

 

Outro concurso que o parlamentar destacou foi para o cargo de delegado na Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJC), realizado em 2018, em que aguardam mais de 150 aprovados. “O governador jogou toda a responsabilidade praticamente nas costas de seus secretários. Especialmente, da Sesp (Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso). O delegado geral da PJC, Mário Dermeval, está lutando para a nomeação de no mínimo mais 40 delegados de polícia do último concurso”, diz o parlamentar.

 

Déficit 


Ele conta que na semana passada, recebeu informações sobre o lotacionograma da PJC. “Nós temos um déficit de mais de 1.700 servidores, entre delegados, escrivães e investigadores. Eu acredito que essas informações já estão nas mãos do secretário de Segurança Pública. Então, já que o governador jogou a responsabilidade aos secretários, eu peço em nome destes aprovados e da sociedade de Mato Grosso, precisa ser aberto um edital urgente para novos concursos públicos. É preciso encaminhar urgente estes dados para as mãos do governador e ele decidir as nomeações e abertura de concursos públicos”, ressalva Claudinei.

 

Neste documento, emitido pela Sesp, por meio da Diretoria Geral da PJC, mostra também que, nos próximos dois anos, entre 2021 a 2023, serão aposentados 25 delegados, 37 escrivães e 138 investigadores de polícia. Outro dado apresentado foi do lotacionograma da instituição, divulgado no Diário Oficial do Estado (DOE) do dia 22 de abril deste ano. Ele divulga que neste segundo trimestre de 2021, 5.754 cargos criados, 2.987 ocupados e 2.767 vagos que são subsidiados pela legislação vigente.  


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