Após confirmação do retorno das aulas presenciais em sistema híbrido para a próxima segunda-feira (9) na rede municipal de Rondonópolis, a Secretaria Municipal de Educação divulgou o Plano de Retorno às Aulas Presenciais, que estabelece as regras, as medidas de biossegurança contra a contaminação pela Covid-19, bem como o funcionamento das escolas e creches.
A aprovação do Plano de Retorno foi feita pelo Comitê de Gestão de Crise do Coronavírus do Município e a liberação para a volta às aulas presenciais na rede municipal foi definida em decreto, que pode ser alterado a qualquer momento conforme análise da situação da pandemia.
O Plano de Retorno às Aulas Presenciais determina que a volta se dará de forma gradual, com revezamento semanal entre os alunos. Conforme o plano, as turmas atendidas presencialmente serão divididas em grupos A e B, considerando 50% dos estudantes em cada grupo, e ainda, haverá um rodízio entre os grupos de modo que o A frequente regularmente a escola durante uma semana, e na semana seguinte as crianças tenham atividades para desenvolverem em casa, enquanto que, nesse momento o grupo B estará na escola de forma presencial, após ter realizado as atividades em casa, e assim sucessivamente.
O sistema híbrido será aplicado, conforme a Semed, na Educação Infantil, no Ensino Fundamental e também no Ensino para Jovens e Adultos (EJA). O plano estabelece que a organização será realizada previamente pela equipe gestora e professores de cada unidade escolar, que serão responsáveis juntamente com a Semed por repassar essas informações às famílias.
Com o intuito de minimizar os impactos educacionais causados pela pandemia, a unidade escolar irá ofertar o apoio pedagógico aos estudantes em consonância com a carga horária do professor, respeitando os horários entre às 11h e 12h e das 17h às 18h.
O plano apresentado pela Semed indica também que as escolas e creches da rede municipal devem garantir o uso de máscaras, a higienização adequada dos espaços, a manutenção do distanciamento entre os alunos nas salas de aula, nas áreas comuns e em berçários. São ainda estabelecidas as regras a serem seguidas no transporte escolar e quanto a utilização de brinquedos e uso de bibliotecas. As turmas também deverão ter intervalos em horários escalonados e a saída e chegada dos alunos às escolas deverá ser feita por meio de revezamento com horários pré-definidos para evitar aglomerações.
Para evitar a contaminação pela Covid-19 nas escolas, as famílias devem estar atentas ao aparecimento de sintomas nos alunos como tosse, espirro, falta de ar, dor de garganta, fadiga, distúrbios digestivos e sensação de febre e mantê-los em casa caso apresentem alterações que podem indicar a contaminação pela doença. Profissionais da educação também devem ser afastados em caso de sintomas.
Capacitação em saúde para profissionais da educação
A Semed estabelece ainda, por meio do Plano de Retorno às Aulas Presenciais, que irá promover capacitação dos profissionais da educação com relação às medidas de biossegurança que devem ser adotadas nas escolas. As capacitações serão realizadas por trabalhadores da área da saúde.
Quem não retorna às aulas presenciais
O Plano de Retorno determina que não é recomendada a volta às atividades presenciais para estudantes e servidores da educação que fazem parte do grupo de risco sem antes passar por profissionais que atestem o retorno. Entre os casos de risco apontados pela Educação estão as cardiopatias, as doenças pulmonares crônicas, diabetes, obesidade mórbida, doenças imunossupressoras ou oncológicas, pessoas com mais de 60 anos, gestantes e lactantes. Para esses grupos devem ser adotadas estratégias de realização de atividades não presenciais.