Foto: PMF/Divulgação/ND
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Menino morto em hospital de SC já havia sido internado com sinais de maus-tratos

Mãe e padrasto são suspeitos de homicídio duplamente qualificado; criança de 4 anos tinha lesões pelo corpo


O menino de 4 anos que morreu no último domingo (17) em Florianópolis, após dar entrada em parada cardiorrespiratória no Multihospital, já havia sido internado em maio deste ano com indícios de maus-tratos. Na ocasião, ele permaneceu 12 dias hospitalizado com diversos machucados.


Segundo o delegado Alex Bonfim, responsável pelo caso, um médico informou que os ferimentos eram compatíveis com sinais de defesa e foram classificados como “fortemente sugestivos de maus-tratos”.


Na época, o padrasto alegou que a criança teria “caído da cama”, enquanto a mãe disse que chegou a registrar um boletim de ocorrência, mas nunca desconfiou do companheiro — e sim de uma babá. O caso era investigado pela Polícia Civil.


No último domingo, porém, a situação terminou de forma trágica. A criança chegou ao hospital sem sinais vitais, com lesões roxas na bochecha, abdômen e costas, e não resistiu após cerca de uma hora de tentativas de reanimação.


Diante dos indícios, a mãe, Larissa de Araújo Falk, de 24 anos, e o padrasto, Richard da Rosa Rodrigues, de 23 anos, foram presos em flagrante por suspeita de homicídio duplamente qualificado.


Na audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (18), a Justiça de Santa Catarina decidiu manter a prisão do padrasto, convertida em preventiva, enquanto a mãe foi solta mediante aplicação de medidas cautelares. O processo segue em segredo de Justiça por envolver menor de idade.


O padrasto tem registros policiais por ameaça e desaparecimento, segundo a PM. Ele alegou que não se recorda de quedas ou agressões recentes e afirmou ter ficado “desesperado” ao ver o enteado desacordado. A mãe relatou que estava trabalhando no momento do ocorrido.


O caso continua sob investigação da Polícia Civil.

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Redação GNMT